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Professor da Ufpi é vítima de racismo ao passar pela av. Dom Severino

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Um professor da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) foi vítima de racismo na noite do último sábado (15) na avenida Dom Severino. Alcione Corrêa, 35 anos, que passava de bicicleta pela rodovia foi cuspido por adolescente dentro de um veículo.


“Estava passando de bicicleta quando o adolescente dentro do carro, saindo do McDonald's cuspiu em mim. Vi que era um ato de discriminação quando vi que eles estavam sorrindo”, disse Alcione Corrêa, que é professor adjunto do departamento de Letras e pesquisador de Literatura Afrodescendente na América. Ele também é do Núcleo de Pesquisa Ifaradá, que trabalha em defesa dos direitos dos negros.

“Ele não me conhece. O fato de eu ser negro piora tudo. Se eu tivesse em outro carro e bem vestido, ele jamais iria cuspir em mim”.

Alcione revela que a discriminação ocorreu às 19h10 do sábado. Ele disse que conseguiu anotar a placa do carro e faz sozinho as primeiras investigações. 

O professor disse ainda que não registrou BO na Delegacia de Repressão aos Atos Discriminatórios, pois teme retaliações.

De acordo com o professor, sua primeira reação após o episódio foi pegar o telefone e ligar para o número da polícia (190) porque o carro contornou a rotatória e ia ao seu encontro novamente. "Poderia acontecer qualquer coisa, inclusive nada. Mas eu fiquei com medo", declarou. "A sensação é de impotência, porque eu vejo que esse rapaz tem sobrenome".

A placa do Gol de cor prata anotada pelo professor é NIF-9022.

Alcione acompanhou o episódio do jogador Tinga, do Cruzeiro (MG), vítima de racismo em um jogo na Copa Libertadores da América. "Os garotos com certeza não fecharam no Facebook com o Tinga, porque seria uma contradiçaõ", disse em uma referência a campanha feita nas redes sociais em favor do atleta, com uso da hastag "#FechadoComTinga.

Flash Yala Sena
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