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Fundadora do Matizes recebe ameaça de morte pelo Facebook

Marinalva Santana, uma das fundadoras do Grupo Matizes, registrou novo Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Repressão às Condutas Discriminatórias após receber ameaça de morte através do Facebook. 


O grupo batizado de "Irmandade Homofóbica" postou na página do Matizes uma foto da ativista com a seguinte frase: "A Irmandade Homofóbica manda lembranças - tu vai morrer". 

A postagem foi publicada na última terça-feira (4), por um perfil denominado "Vanpelth", que foi excluído em seguida. A foto, segundo Marinalva, era de um paranaense que foi preso recentemente em uma operação de combate à homofobia deflagrada em Curitiba.

Imagem que aparece atualmente, quando o perfil é acessado

"Mas já sabemos que a pessoa ou as pessoas que estão fazendo essas ameaças são de Teresina. No perfil, que tiramos os prints, ficou claro que as ideias desse paranaense estão sendo seguidas aqui. Registramos o B.O porque não sabemos até que ponto essas pessoas ficarão só na ameaça", disse Marinalva, que atualmente é gerente de Comunicação do Matizes.

Medidas

Marinalva acrescentou que na próxima terça-feira (11), o coordenador nacional LGBT, Gustavo Bernardes, virá ao Piauí para acompanhar o caso e cobrar das autoridades mais agilidade nas investigações.

"Estamos tomando as providências cabíveis. Já denunciamos na delegacia, no disk 100 e em vários outros órgãos", completou a gerente.

No final de fevereiro, o Grupo Matizes denunciou a primeira ameaça - um bilhete que circulava em papel e nas redes sociais em que aparece o símbolo do nazismo e pede a população para se filiar. O bilhete defende “morte aos homossexuais” e assina com “IMHO Irmandade Homofóbica”. 

Grupo com integrantes de Teresina também postavam outros materiais discriminatórios, como este da imagem

"Não sabemos se existe relação entre esta postagem de agora e a primeira. Sabemos que esse perfil de Vanpelth gerenciava um grupo fechado no qual havia muitas outras postagens do tipo e tinha mais de 300 integrantes", destacou.

Apesar das ameaças, Marinalva garante que as atividades do Matizes irão continuar. "Não vamos frear nossa luta. Este é um crime que deixa vestígios e esperamos que a polícia desvende logo e prenda os autores das ameaças", finalizou.

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Jordana Cury
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