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Jesus Rodrigues sobre eleição 2014: "W.D está indo contra mim"

O deputado federal Jesus Rodrigues (PT) declarou, em entrevista ao Notícia da Manhã desta segunda-feira (9), que tem mágoa da situação que o fez desistir de disputar as eleições de 2014 e disparou: "Wellington Dias está indo contra mim, para construir a candidatura da esposa".

Imagens: Reprodução TV Cidade Verde

Jesus Rodrigues reafirmou que sua saída não foi por motivos pessoais, e sim, por conta do favorecimento da pré-candidata ao cargo de deputada federal, Rejane Dias, que é esposa do senador petista. 

"Lutamos na Câmara por uma reforma política que equilibre as candidaturas e dentro do PT eu gostaria que fosse assim. Esses fatos que destaco como favorecimento vem de meses atrás. Íamos viajando com o senador e na hora das apresentações, ele agradecia nossa presença e citava Rejane, que nem estava presente: 'Ela não pode vir, mas é uma deputada isso e aquilo'. Por que, então, não citar outros petistas que não estavam presentes? Isso incomodava, mas eu estava levando. Até que aconteceram outras coisas e não deu mais, tive que tornar público o risco de desequilíbrio", desabafou o parlamentar.

Mágoa

O petista acrescentou que compara sua atual situação com a do vice-governador Zé Filho (PMDB), que abriu mão de sua futura candidatura, em prol da pré-candidatura de Marcelo Castro (PMDB), em uma possível aliança com o PSDB.


"Tenho mágoa, saio chateado, mas de cabeça erguida, consciente e tranquilo. Meu líder maior, que é Wellington Dias, está indo contra mim para construir a candidatura da esposa. Ele está desconstruindo o que eu estou construindo e eu não tenho braço, nem perna, nem bolso para ir contra isso", enfatizou Rodrigues. 

O parlamentar ressalta, porém, que não é contra a candidatura de Rejane ao cargo de deputada federal. "A Rejane não precisava disso, desse favorecimento. Nunca fui contra sua candidatura, mas o problema é que deveria haver isenção do senador", explicou.

Decisão anunciada 

O deputado destacou que a decisão de desistir das eleições foi tomada internamente em sua família há um mês e há três meses foi informada às lideranças do Partido dos Trabalhadores. 

"Comuniquei ao senador e à presidente do partido (Rejane Dias) para que eles achassem uma forma de eu sair sem traumas. Eles ficaram surpresos, mas acharam que eu estava tentando barganhar alguma coisa e não fizeram nada. Então tive que fazer do meu jeito, porque a informação já havia vazado", finalizou o deputado, caracterizando sua decisão como "irrevogável e irretratável".

Jesus disse ainda que permanecerá no cargo até o dia 31 de janeiro e que não acredita que será chamado para coordenar alguma campanha petista. "Da forma como tudo aconteceu, acredito que não é possível me colocarem como coordenador de campanha".

Jordana Cury

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