O delegado Geral, James Guerra, se manifestou a respeito da mudança de classe do policial civil Ronaldo Lages Castelo Branco, que foi indiciado por homicídio doloso ao provocar um acidente que vitimou fatalmente a biomédica Joysa Barros, no dia 25 de maio do ano passado. Ronaldo Lages será promovido para classe especial por antiguidade. Ele também é ex-prefeito de Nossa Senhora do Remédios. 

James Guerra citou que a ascensão do agente de primeira classe para a classe especial não está ocorrendo por mérito, mas pelo caráter de antiguidade.

“Ele já havia sido indicado três vezes por merecimento, mas sempre fomos contra. Como nunca havia mudado mudar de classe restou o critério de antiguidade”, afirmou. 

O delegado explica que todos os anos surgem vagas para a promoção, por conta da exoneração ou aposentadoria de servidores. Em 2014, foram 64 vagas das quais 50% por merecimento e 50% por antiguidade. 

Uma comissão de várias entidades elaboram uma lista que é submetida à aprovação do Conselho Superior da Polícia Civil, que é composto pelo delegado geral, corregedor, secretário de segurança, diretores de órgãos da Polícia Civil e membros dos sindicatos da categoria. 

“O Ronaldo Lages ainda não está punido na corregedoria e nem pela Justiça, embora tenha sido indiciado. Eu me manifestei contra a mudança de nível dele e sugeri que fosse feita uma avaliação de desempenho todos os que estavam na lista, mas o sindicato dos policiais civis, que faz parte do conselho, foi contra”, destacou Guerra. 

Segundo o delegado geral, o processo de encaminhamento da lista para a criação do decreto que deve ser assinado pelo governador está em fase de conclusão e deve chegar ao Palácio de Karnak na próxima segunda.  

Ronaldo Lages Castelo Branco tem 47 anos e entrou na Polícia Civil, em junho de 1988, há 25 anos. Com a promoção ele chega ao topo da carreira com um salário base R$ 4.670,23, sem horas extras e adicional noturno.