Representantes de entidades ligadas aos trabalhadores fazem um ato no Mercado Público do Parque Piauí, pelo 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Com distribuição de boletins, carro de som e uma passeata pelo local para denunciar as condições de trabalho, os militantes afirmam que o mercado está abandonado pelo poder público.
Fotos: Raoni Barbosa/Cidadeverde.com
A representante da Central da Classe Trabalhadora, Madalena Nunes, disse que o ato acontece no Mercado do Parque Piauí por ser bairro histórico das lutas dos trabalhadores e por aglomerar muita gente no feriado.
“Nosso protesto pelo Primeiro de Maio é que temos muito a denunciar e pouco a comemorar. O que a gente tem visto é a retirada dos direitos dos trabalhadores cada vez mais, contra a privatização da previdência, que será o fim da aposentadoria”, destacou Madalena.
Ela disse que o “rolezinho” que estão fazendo é uma forma simbólica de denunciar o descaso que está ocorrendo no local. “Nós vamos filmar e fotografar as condições de trabalho dos feirantes e da estrutura do mercado que está abandonado pelo poder público. Vamos reclamar em busca dos nossos direitos”, explicou a sindicalista.
Madalena destacou ainda que além das lutas pelos direitos de todos os trabalhadores, o protesto tem o objetivo de lutar contra a violência sofrida pela mulher. “Não podemos ficar calada com tantas mortes odiosas que estão acontecendo em nossa cidade. E também sobre as condições de trabalhos, quando ganham menos que um homem e precisam enfrentar uma tripla jornada. Queremos chamar atenção em um ato contra a violência que estamos planejando”.
Além da Central da Classe Trabalhadora, outras entidades como Central Intersindical, Sindserm, Central das Mulheres Piauienses (CMP), dentre outras.
Caroline Oliveira