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PI: Procurador quer estudo sobre impacto da exploração gás xisto

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O procurador da República lotado na cidade de Picos, Antonio Manvailer, cobra a realização de estudo de viabilidade econômica e impacto ambiental antes que seja iniciada a exploração do gás xisto na bacia do rio Parnaíba, entre os Estados do Piauí e Maranhão.


“Não sou contra a atividade. Quero apenas que sejam determinados os impactos. Foi feito uma inversão. Esse estudo deveria ter sido feito antes do leilão. Mas a ANP agiu primeiro e fez a seleção das empresas interessadas”, disse o procurador.

Pelo menos três instituições devem ser responsáveis pela confecção do estudo, para que, de acordo com Antonio Manvailer, se tenha uma visão plural da questão. O assunto foi discutido durante audiência pública no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Estado.

“Sabemos, apenas, pela experiência dos Estados Unidos, que já explora o gás há muito tempo, o impacto da atividade na natureza. Esse estudo deverá ser bem adaptado a nossa realidade para percebermos como a prática se comportará no Piauí”, defende.

Uma ação civil pública, com efeito de liminar, foi expedida ainda em dezembro de 2013 anulando os efeitos do leilão da Agência Nacional de Petróleo. Até que medida contrária seja expedida, o início da exploração do gás xisto no Piauí ficará suspenso.

“O objetivo da audiência pública foi dar mais visibilidade ao caso e esperar que a sociedade possa contribuir com essa discussão. Queremos que todos possam ser esclarecidos sobre os riscos e potencialidades do gás xisto”, explica Antonio Manvailer.

Sobre o xisto
O gás é encontrado em rochas sedimentares e extraído quando estas são fraturadas e ele é liberado. Similar ao gás do petróleo, vem se tornando uma fonte energética importante. 

Mesmo sendo barato e abundante, o seu processo extrativo é alvo de polêmica pois, segundo os ambientalistas, o gás poderia contaminar os lençóis freáticos durante o procedimento.

Lívio Galeno
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