O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural estará reunido nesta quinta-feira (15), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília (DF), para analisar o tombamento de fazendas históricas no Piauí e a produção de cajuína. Poderão se tornar patrimônio histórico à fábrica de Laticínios, em Campinas do Piauí, e estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano. Além do Piauí, serão discutidos os bens culturais dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.
Serão analisadas a Fábrica de Laticínios, em Campinas do Piauí, e Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara, em Floriano.
Fazendas Nacionais do Piauí
O Iphan propõe o tombamento conjunto do Estabelecimento Rural São Pedro de Alcântara e da Fábrica de Laticínios porque ambos decorrem das antigas Fazendas Nacionais do Piauí que, originalmente, eram grandes extensões de terras doadas aos primeiros desbravadores, no Brasil colônia. A proposta de tombamento está relacionada com o processo de ocupação decorrente da utilização das Fazendas Nacionais a partir de projetos de aproveitamento da mão de obra remanescente da escravidão. As duas exemplos emblemáticos do patrimônio edificado no Brasil entre o final do século XIX e começo do XX, tanto da arquitetura tradicional piauiense, que se utiliza de materiais e técnicas locais, quanto da arquitetura industrial implantada no interior do país em pleno século XIX.
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Em 2013, foram aprovados os registros da Festa do Divino Espirito Santo de Paraty (RJ), da Festa do Senhor do Bonfim, em Salvador (BA), e da Festividade do Glorioso São Sebastião da Cachoeira do Arari (PA). Também passaram a ter a proteção do Iphan o Edifício A Noite, no Rio de Janeiro (RJ), a Igreja do Divino Pai Eterno, em Trindade (GO), o Teatro Castro Alves e o Terreiro de Candomblé Ile Axé Oxumaré, ambos em Salvador (BA)
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural
O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.
Flash Rayldo Pereira (com dados doIphan)