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Delegada do Maranhão: homicídio de escrivã foi tragédia anunciada

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A delegada do Menor Infrator de Timon, Idelzuite Matos, que foi professora da escrivã assassinada, Loane Maranhão da Silva Thé, compareceu ao velório que acontece nesta manhã(16) na Pax União em Teresina. Ela reclamou da estrutura precária das delegacias e diz que foi uma “tragédia anunciada”. 

Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com

“Nós trabalhamos sempre no limite e toda vez ao final do dia temos que agradecer a Deus por estamos vivos. Nós, da Polícia Civil e toda a sociedade estamos consternadas e esta foi uma tragédia anunciada”, destaca a Idelzuite Matos. 

Segundo a delegada, a falta de pessoal é um dos maiores problemas e em muitos distritos há dois ou três policiais de plantão.

Foto: Reprodução/Facebook
Loane Maranhão Thé.

 Ela afirma que não era pelo fato do suspeito ter sido intimado a prestar depoimento, que ele deveria passar por uma revista. “Neste caso, é complicado dizer que ele deveria ter sido revistado, porque ele foi apenas prestar um depoimento, mas dentro da sala deveria haver um efetivo maior, já que na delegacia estava apenas ela e a investigadora”, declarou. 


Família acionará Estado

O advogado criminalista Nazareno Thé, tio da vítima, afirmou que não irá medir esforços para manter o suspeito atrás das grades, por ter matado sua sobrinha. “Ninguém da família quer a morte dele. Queremos que ele fique vivo para pagar exemplarmente o que ele fez. Tirou a vida de uma pessoa que estava começando a viver aos 30 anos”, ressaltou. 

De acordo com Thé, o gari Francisco Alves Costa, 43 anos, deve ser acusado por homicídio duplamente qualificado, por ter desferido uma facada no pescoço e no coração da vítima e tentativa de homicídio por ter tentado matar a outra policial. 


O advogado acrescenta que irá indiciar o Estado, já que sua sobrinha morreu no exercício de suas funções. “Houve uma negligência de procedimento, por ela estar sozinha com um elemento potencialmente perigoso e a autoridade policial não estava presente na sala do depoimento. O suspeito entrou com a arma escondida, já pensando em fazer o mal. Vamos também acionar o Estado que foi muito omisso”, disse. 

Loane Maranhão Thé foi morta na tarde de ontem(15), pelo gari que prestava depoimento por estrupo das duas filhas de 17 e 20 anos. 
 
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Redação Caroline Oliveira

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