Chegou ao fim, sem acordo, mais uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro) e o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut). O encontro foi realizado na tarde desta segunda-feira (19) na Superintendência Regional do Trabalho.  

Os trabalhadores querem, pelo menos, um reajuste de 10% nas remunerações. Mas a categoria patronal, que ofertou a princípio 5,8%, ofertou nesta tarde 6%. A proposta foi negada e a possibilidade de greve de motoristas e cobradores de ônibus não está descartada. 

“O Setut ficou de fazer, ainda nesta segunda-feira, uma nova proposta. Estamos aguardando. Amanhã estão confirmadas duas assembleias gerais da categoria: uma as 9h e outra, para fechar o dia e resolver sobre a greve, às 17h”, explica o presidente do Sintetro, Francisco das Chagas.

Até o final da tarde desta segunda-feira, o Sintetro não havia recebido a nova proposta do Setut.

Sem acordo, os trabalhadores pretende cruzar os braços a partir de quinta-feira (22). A princípio o movimento será por tempo indeterminado e será mantido, apenas, 30% dos veículos em circulação, como manda a lei.

Além do reajuste salarial, os trabalhadores querem a redução da carga horária, das atuais 7h20 para 6h diárias, plano de saúde totalmente pago pelos empresários (sem cobrança de coparticipação), café da manhã nos terminais, entre outras reivindicações.

O Setut afirma que até aceita negociar salários, mas apenas após a conclusão do processo licitatório que vai escolher novas empresas que atuarão no sistema de transporte público da capital do Piauí.