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Piauí tem déficit de mil vagas para atender dependentes químicos

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Segundo o presidente da Confederação Nacional de Comunidades Terapêuticas, Célio Luiz Barbosa, a oferta de vagas para o tratamento de dependentes químicos deveria ser de, no mínimo, 1.500 no Estado do Piauí. Atualmente, as 14 Comunidades Terapêuticas reconhecidas pela Federação, tem disponíveis 580 vagas, destas, apenas 160 são subsidiadas pelo Estado.

"De imediato precisaríamos de no mínimo 1.500 vagas para homens e mulheres. E esse número ainda não seria suficiente para suprir a demanda que está na fila de espera dessas comunidades", afirma Célio Barbosa. 

Todas as entidades sobrevivem com recursos de convênios e doações. Com a mudança de governo, Célio diz que ouve um pequeno avanço. A atual gestão da Coordenadoria Estadual de Enfrentamento às Drogas - CEDrogas, já fez o repasse financeiro referente aos meses de abril e maio. "Ainda estamos negociando para regularizar a situação dos pagamentos em atraso que datam de novembro de 2013", conta. 

De acordo com ele, algumas comunidades reduziram o número de vagas subsidiadas pelo Estado. Célio cita como exemplo a Casa de Compadre, em Pedro II, que hoje só está com uma vaga subsidiada devido aos atrasos nos repasses.    

A comunidade Terapêutica Padre Pio, com sede no bairro Socopo, zona Rural de Teresina, está com vagas abertas. Atualmente com 24 internos, tem disponibilidade para aproximadamente mais 10, segundo Mário Jorge, da Assessoria de Imprensa da entidade. Os interessados devem procurar a Paróquia São Francisco de Assis, no bairro Dirceu, zona Sudeste, para receber orientação a respeito do ingresso para o tratamento de reabilitação. A comunidade tem espaço físico disponível para receber novos internos, no entanto, precisa de doações como camas, colchões e alimentos. 

Semana sobre Drogas - A CEDrogas encerra as atividades da Semana de Política Sobre Drogas amanhã, 27. A semana está sendo realizada com a parceria de várias entidades. O dia D da campanha acontece hoje, 26, com ato no Parque Potycabana. 

No local acontece exposição de trabalhos de alunos da UFPI, bate-papo com dependentes relatando suas histórias de vida, atividades esportivas e premiações. 

Segundo Janete Moraes, titular da coordenadoria, estão sendo apresentados trabalhos científicos acerca do uso de drogas durante o evento. Janete afirma que o estigma social em relação aos usuários de drogas está mudando. Para ela, atualmente há a preocupação em socializar o usuário e dar oportunidades para que ele se qualifique. "Acho que a gente já deu o ponta pé inicial. Há uma inserção no mercado, há cursos de qualificação. A sociedade já começou a ver de outro jeito. A gente tem que continuar. Se todo mundo fizer sua parte tudo dá certo", declarou.

Sana Moraes (especial para o cidadeverde.com)


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