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Viaduto desaba sobre ônibus em Belo Horizonte

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Fotos: Divulgação

Um viaduto em construção na avenida Pedro I desabou, na altura do bairro São João Batista, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte, na tarde desta quinta-feira (3). Pelo menos duas pessoas morreram e 19 ficaram feridas, segundo as informações do Corpo de Bombeiros.

O viaduto fica próximo ao parque Lagoa do Nado e um Fiat Uno, um ônibus da linha circular 70 e pelo menos dois caminhões teriam ficado presos sob a estrutura. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência está no local e constatou uma vítima fatal. Oito viaturas dos bombeiros estão na região. A queda teria acontecido por volta das 15h10.

Veja um vídeo da hora do acidente:

 


Por enquanto ainda não há o número total de feridos, somente no Hospital Risoleta Tolentino Neves, em Venda Nova, que informou ter recebido 19 feridos, dentre eles uma criança e um funcionário da prefeitura que trabalhava no viaduto no momento da queda. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, os feridos não correm risco de morrer e sofreram apenas ferimentos leves. Os pais da criança, que não teve a idade divulgada, ainda não foram encontrados e ela está sob cuidados de uma assistente social. O funcionário da prefeitura não teve o estado de saúde divulgado.

O hospital está com um esquema especial de atendimento para dias de grandes eventos ou grandes catástrofes. Enfermeiros estão na porta da unidade para fazer um atendimento mais rápido aos feridos. A previsão é que mais feridos cheguem nas próximas horas.

Uma equipe da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) foi deslocada para o local em apoio aos bombeiros. O vereador Iran Barbosa (PMDB) passava pela avenida e divulgou fotos do acidente em sua página no Twitter. O parlamentar escreveu na ocasião que duas pessoas já estariam mortas e vários feridos.

"A estrutura de metal que dá suporte ao viaduto cedeu. Só ouvi um estalo e em 5 segundos tudo desabou. Caiu sobre um ônibus, um carro e um caminhão. O viaduto partiu ao meio", relatou o vereador, que estava no local na hora da queda. O parlamentar ainda afirmou que, ao cair, o viaduto levou as vigas de sustentação metálica do Viaduto ao lado. "Acabei de ser afastado do local. Os bombeiros temem o desabamento do segundo viaduto", disse.

A prefeitura de Belo Horizonte informou que no momento não irá se posicionar sobre o acidente e que está empenhada no local.

Histórico

Já é a segunda vez que um viaduto construído para o Move apresenta problemas. Em fevereiro deste ano, a avenida chegou a ser interditada após a suspeita de que um outro viaduto da região correria risco de cair. O viaduto interditado na época ligaria os bairros Itapoã e Santa Branca e ficava próximo a rua Montese. Já o viaduto que desabou nesta quinta-feira (3) fica próximo a avenida General Olimpio Mourão, próximo ao Parque Lagoa do Nado.

No dia 6 de fevereiro, trabalhadores do local perceberam que a estrutura cedeu aproximadamente 30 centímetros. A Sudecap informou que durante a preparação de concretagem do viaduto percebeu-se um pequeno deslocamento lateral na estrutura no sentido bairro.

Com isso, os serviços foram suspensos e as vias que circundam o viaduto foram interditadas, sendo que no dia 10 de fevereiro a situação já havia se normalizado. A estrutura foi travada para não ocorrer nenhum deslocamento e está sendo monitorada constantemente pela equipe de plantão. O viaduto neste momento está estável.

A empresa

A Construtora Cowan foi criada em 1958, em Montes Claros, no Norte de Minas. Segundo site da empresa, ela já participou da construção de rodovias, ferrovias, obras de saneamento, construção de barragens, usinas hidrelétricas e até aeroportos.

Dentre obras de destaque, além do BRT/Move da avenida Pedro I e Antônio Carlos, também estão a da Linha Verde (que liga o centro de Belo Horizonte até o Aeroporto de Confins), duplicações da BR-040 (feitas pelo Dnit antes do leilão), e Gasoduto do Vale do Aço. Além disso, ela também está realizando obras de ampliação do Aeroporto de Confins (pistas de pouso e decolagem) e do metrô do Rio de Janeiro.

A empresa foi procurada por O TEMPO, mas informou que os responsáveis estavam em reunião e não poderiam atender no momento.

Fonte: Ig

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