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Campanha para o Senado deverá custar mais de R$ 1 bilhão

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A campanha eleitoral para o Senado deverá custar mais de R$ 1 bilhão, segundo as estimativas de despesas entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral. Os 178 candidatos preveem desembolsar, juntos, até R$ 1.035.384.167,16 para se eleger.

O valor é pouco superior ao que pretendem gastar os 11 candidatos à Presidência (R$ 916 milhões) – Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos estimam gastar, juntos, quatro vezes o valor que os oito adversários somados.

Para a campanha aos governos dos estados, a cifra estimada é de R$ 2,43 bilhões – equivalente ao orçamento de um município como Niterói.

A campanha para o Senado em São Paulo deverá ser a que mais consumirá dinheiro. Os dez postulantes ao cargo estimam gastar R$ 113,5 milhões. Mato Grosso aparece logo atrás. Os seis candidatos somados preveem um gasto total de R$ 70 milhões.

Já o Acre deve ter a campanha mais “barata”. A estimativa feita pelos quatro candidatos é de um custo de R$ 10,8 milhões. Sergipe tem a segunda previsão mais em conta: R$ 14,2 milhões. São cinco candidatos tentando se eleger no estado do Nordeste.

Campeões de gastos

Quatro candidatos detêm a previsão de despesa mais alta declarada à Justiça Eleitoral: José Serra (PSDB), em São Paulo, Magela (PT), no Distrito Federal, Marcelo Almeida (PMDB), no Paraná, e Rui Prado (PSD), em Mato Grosso. Eles preveem gastar R$ 30 milhões para vencer o pleito.

Gilberto Kassab (PSD), em São Paulo, e Geddel Vieira Lima (PMDB), na Bahia, também devem desembolsar um valor alto. Os dois estipularam um teto de R$ 28 milhões.

Regras para gastos

A Lei das Eleições prevê que, em todas as disputas, o Congresso deve aprovar até 10 de junho uma outra lei que defina os limites de gastos das campanhas por cada candidato. Como isso não ocorreu, cada partido fixou internamente o teto das despesas.

Entre os custos previstos na campanha estão propaganda, principalmente na TV, transporte com automóveis ou jatinhos, por exemplo, e pagamento de cabos eleitorais.

Assim como nas eleições anteriores, neste ano os candidatos poderão receber doações de empresas privadas para aplicar nas campanhas.

No ano passado, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal considerou ilegal que empresas doem a políticos, mas o julgamento não foi concluído. Se a maioria se mantiver e o julgamento terminar, a proibição só deverá valer a partir de 2016.

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