A gerente de Saúde Mental da Sesapi, Leda Trindade, analisou, durante entrevista no Jornal do Piauí desta terça-feira (22), a situação de transferência de presos com problemas mentais do hospital penitenciário para o Areolino de Abreu.

Fotos: Raoni Barbosa

“Precisamos resolver a demanda com responsabilidade. Se continuar assim, corremos o risco de o Ministério da Saúde interditar o Areolino de Abreu se prosseguir. O Valter Alencar [unidade penitenciária] não é hospital. A saída é outra”, explica a gestora.

Para a Leda Trindade se faz necessário investimentos em infraestrutura para atender os pacientes. Nesses casos, os Centros de Assistência Integral da Saúde devem ser referência para atender as demandas. 

“Precisamos primeiro esclarecer a nova política dos ministérios da Saúde e da Justiça para o tratamento de problemas mentais. Eles possuem direitos. Só transferi-lo ao Areolino não é solução. Lá é de urgência e emergia para quem está em surto. Os presos nessa situação não tem prazo de saída. Nesse caso eles ocupariam os leitos indevidamente”, esclarece. 

A gerente lembra ainda que a portaria definindo a nova política é recente e que é necessário tempo para que se encontre a resolubilidade da questão. 

“Mas já melhoramos o grupo condutor e iniciamos as discussões. Toda a política tem vários critérios e desafio. Desde fevereiro estamos nos reunindo e já instituímos uma comissão especial de trabalho. Não queremos é a simples transferência de responsabilidade sem critérios. Todos que tem ligação direto com o problema tem que dar solução”, disse.

Lívio Galeno
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