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Polícia indicia dois “anarcopunks" por crimes homofóbicos no Piauí

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A Polícia Civil indiciou duas pessoas responsáveis por fazer apologia ao crime e ameaças a membros de grupos LGBTs em Teresina. O delegado Sebastião Escórcio, titular da Delegacia Especializada de Repressão às Condutas Discriminatórias, informou que as mensagens homofóbicas partiram de dois jovens: L. B. N. N., de 24 anos, e L. V. S., 28 anos. 

 

 

A dupla utilizava perfis fakes em redes sociais para fazer alusão à violência contra homossexuais em Teresina com frases como “Vai ter morte”, “Ela merece morrer”, “quer ver sangue”.

"Nós prendemos pessoas que comentaram no perfil ‘Van Pelf’, fazendo apologia à homofobia. Nesse perfil, havia ameaças de morte direcionadas à Marinalva Santana, do Grupo Matize", explicou o delegado.

Escórcio diz que os dois jovens se classificam como punks e anarcopunks, não tem curso superior ou emprego fixo, e possuem bastante conhecimento de internet. “Eles se auto intitulam nazistas e anarcopunks e negam o crime. Quebramos o sigilo telefônico de uma pessoa e constatamos as ameaças”, destaca. Anarcopunks são uma vertente do movimento punk que consiste de bandas, grupos e indivíduos que promovem políticas anarquistas.

Segundo o delegado, foi identificado que ameaças partiram também do IP de um computador de um condomínio localizado no bairro Ilhotas, no centro da cidade e que a máquina seria de um empresário, que chegou a ser ouvido pela polícia. Entretanto, como a internet do local é wi-fi e compartilhada, não foi possível comprovar. “Fizemos também busca e apreensão de celular e notebook do empresário”, diz. 

Caso Brenda 
Escórcio também comentou sobre o caso da agressão à transexual Brenda Vitória, que ocorreu na quarta-feira (30). Segundo o delegado, o agressor seria um empresário, identificado como Jackson Silva Xavier, que deve ser indiciado por lesão leve. “Tínhamos um mandato de prisão, mas ele se apresentou com um advogado e está aguardando em liberdade”, disse.

O suspeito negou a agressão ao delegado e disse que confundiu Brenda com uma garota. “Ele diz que estava estressado e foi atrás de uma garota de programa, depois descobriu que era uma transex”, declarou o delegado. O acusado alegou ainda que Brenda danificou seu veículo.

Brenda declarou à polícia que cobrou R$ 150 e que o desentendimento surgiu porque o seu cliente queria pagar apenas R$ 35. “Há testemunhas que viram ele agredindo a vítima com dois socos e pontapés. Nesse caso está descartada a homofobia”, finalizou. 

 

 

Flash de Yala Sena
Redação Carlos Lustosa Filho
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