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Organizações coletam assinaturas e preparam Grito dos Excluídos

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Os organizadores do Grito das Pessoas Excluídas do Piauí estão coletando assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular.

O projeto de lei aponta mudanças políticas nos partidos, como o fim do financiamento privado de campanhas e a criação de listas que incluam mulheres, pessoas negras e indígenas nos partidos.

Até o “dia D”, as propostas estão sendo divulgadas em paróquias durante missas, novenários e procissões em todo o Estado. Em Teresina, pessoas da organização do Grito visitam bairros, escolas e universidades, divulgando o tema do Grito e buscando assinaturas.

Para esta quarta-feira (27), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) inseriu em sua agenda um dia inteiro de coleta de assinaturas junto com as Pastorais Sociais na Universidade Estadual do Piauí (UESPI). No dia 04 de setembro, a UESPI novamente será o cenário da mobilização, quando acontecerá um debate sobre conjuntura e o projeto de Reforma Política, do qual a Cáritas Piauí participará.

E no dia 07 de setembro, acontece a manifestação, paralela à programação oficial da data. É o momento em que essas pessoas excluídas de decisões políticas e sociais que afetam suas vidas vão à rua para reivindicar.

Nos últimos 20 anos, o Grito das pessoas excluídas tem sido o espaço de exercício da cidadania, onde as pessoas em situação de exclusão, que têm seus direitos negligenciados, organizam-se para reclamar uma vida digna.

“Historicamente, o Grito nega a Independência do Brasil, uma vez que um país livre e independente não pode conviver com a corrupção desenfreada, o medo e a violência sem limites, com processos eleitorais corruptos e de cartas marcadas. Um país livre e independente não negligencia direito, não negocia suas riquezas em benefício de uma elite que representa a minoria da nação. Um país livre e independente não pode conviver com a ganância de muitas pessoas e a pobreza de milhões. Um país livre e independente não tem trabalho escravo, não tolera o trabalho infantil, se distancia da exploração sexual de crianças e adolescentes e principalmente tem a vida das pessoas e do planeta em primeiro lugar”, defende Hortência Mendes, assessora da Cáritas Piauí e da ASA Piauí (Articulação Semiárido Brasileiro no Piauí).

Participam da mobilização as Pastorais Sociais, CNBB, universidades e entidades representantes da sociedade civil.

Da Redação
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