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Candidatos debatem reforma no governo, estatização de hospitais e salário mínimo de R$ 3,5 mil

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Candidatos a governador do Piauí discutiram propostas para o Estado no primeiro debate da TV Cidade Verde. Entre os temas tratados estão reforma administrativa, estatização de hospitais privados e até a implementação de salário mínimo de R$ 3,5 mil.

No primeiro bloco, foi feito um sorteio para definir os temas a serem respondidos pelos candidatos e quem comentaria a resposta, de acordo com a posição dos participantes na bancada. As perguntas foram elaboradas pela equipe de jornalistas da TV Cidade Verde.


Lourdes Melo (PCO) - Cidadania e Assistência Social - É possível fazer com que famílias piauienses ganhem independência financeira e se tornem independentes do Bolsa Família?

A candidata do PCO defendeu que no modelo atual só é possível cidadania para quem tem dinheiro. "A proposta do Partido da Causa Operária é para que nós possamos estar garantindo emprego para todos. Isso é possível com redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais. Trabalhar menos para que o outro também possa trabalhar", disse a candidata cobrando também reforma agrária para que o homem do campo evite o êxodo para a cidade grande, e o aumento do salário mínimo para R$ 3,5 mil.  

Mão Santa (PSC) comentou a resposta e ressaltou que é preciso não dar o peixe, e sim ensinar a pescar. O candidato prometeu que ações sociais, como cursos profissionalizantes, vão voltar em seu governo, sob o comando de sua esposa Adalgisa Moraes Souza. 


Daniel Solon (PSTU) - Saúde - Como resolver o problema da falta de estrutura dos hospitais: equipar melhor o interior ou melhorar me Teresina, com um novo pronto-socorro?

O candidato do PSTU afirmou que é preciso elevar o investimento da saúde de 12% par 30% do orçamento geral do Estado. "Sem investimento, nada vai melhorar. E garantir que de fato os investimentos sejam dados para a saúde pública e não para a saúde privada, que é o que tem sido feito hoje", declarou o socialista, defendendo até, em caráter emergencial, intervenção em hospitais privados e até estatização. 

Zé Filho (PMDB) comentou a resposta e concordou em parte. Ele questionou Daniel Solon sobre de onde viriam os recursos para a saúde e mudou o discurso para pregar "a mudança que o Brasil quer fazer". Solon respondeu que os recursos virão com o pagamento dos impostos de grandes empresários e o fim da sonegação, além do fim da dívida pública.


Neto Sambaíba (PPL) - Desenvolvimento - Como promover o desenvolvimento econômico do Piauí?

O candidato do PPL afirmou que o Piauí está perdendo o ciclo de desenvolvimento da safra de grãos. "O correto seria a implantação da Zona de Processamento de Exportação e o processo de agroindustrialização dessa safra. O grande problema para alavancar o desenvolvimento é a falta de estrutura", declarou. Estrada de ferro, porto seco, melhoria nos aeroportos e a conclusão do porto de Luís Correia são obras que Neto Sambaíba elencou nesse sentido, para que não se perca o ciclo da soja como se deixou passar o do boi, o da borracha e o da cera de carnaúba. Sambaíba também propôs a criação de um banco para financiar a profissionalização de jovens.

Lourdes Melo comentou a resposta e afirmou que não se pode viver de especulações sobre obras. Para a candidata, no capitalismo não pode haver desenvolvimento para todos. 

 

Wellington Dias (PT) - Infraestrutura - Faltam porto, estradas, energia e agora internet de qualidade. O que fazer para garantir essa estrutura?

O candidato do PT afirmou que a infraestrutura é essencial para a qualidade de vida e o desenvolvimento economico e social. Wellington Dias defendeu obras estruturantes com rodovias, ferrovias e a hidrovia do rio Parnaíba, sem esquecer no avanço eletrônico. "Temos a meta de até o ano de 2018 também ter maior velocidade de internet. Quando governador fizemos acontecer a chegada da internet e celular a cada município. Agora a meta é chegar com maior qualidade, inclusive com internet livre nos municípios". 

Daniel Solon comentou a resposta e criticou o candidato pelas promessas. O socialista afirmou que a dívida pública do Piauí cresceu desde 2003, quando Dias assumiu o governo pela primeira vez. O petista rebateu e disse que a dívida caiu para metade da receita corrente líquida em seu mandato.

 

Maklandel Aquino (PSOL) - Educação - Como fazer para erradicar o analfabetismo no Piauí?

"Entendemos que a educação deve ter investimento em todos os níveis, da pré-escola ao maternal, ensino fundamental e superior", afirmou o candidato do PSOL. Além disso, Maklandel Aquino defendeu promoção de pesquisa, ensino em temppo integral, oportunidade de esporte e cultura e ainda valorização dos professores. O candidato propôs pagar o piso nacional a partir da jornada de 20 horas semanais no início de sua gestão e manter diálogo com a categoria para futuros reajustes. Para Maklandel, o analfabetismo é projeto de grupos político para perpetuação no poder, e a educação é necessária para que o povo ajude na gestão pública. 

Neto Sambaíba lembrou que os analfabetos são marginalizados no desenvolvimento social. "É preciso que qualquer governo que se preze tenha um projeto especial para erradicar o analfabetismo".

 

Mão Santa (PSC) - Meio Ambiente - Empreendimentos atrasam por conta de demora na liberação de licenças ambientais. Como conciliar desenvolvimento e preservação?

O ex-governador afirmou que vai cuidar do ser humano que está abandonado. Mão Santa lembrou ter criado a secretaria estadual de Meio Ambiente "e vou ter que fechar muita (secretaria) aí que não tem razão nenhuma, é só para dar emprego". Mão Santa afirmou que é preciso instrumentalizar a secretaria. "Ela vai funcionar como eu sonhei". O candidato criticou ainda o desmatamento ocorrido na região da Serra Vermelha para produção de carvão.

Wellington Dias reconheceu a demora nos licenciamentos e prometeu descentralizar a estrutura da secretaria de Meio Ambiente e garantir o controle com ações preventivas e monitoramento por satélite. 

Mão Santa citou o programa Sanear, implementado em sua gestão, como medida positiva para reduzir a poluição dos rios e prometeu melhorar a Agespisa. "Vamos moralizar essa companhia de água e esgoto que está em frangalhos, que esse governo de 12 anos acabou também".

 

Zé Filho (PMDB) - Administração - O senhor concorda com o número de secretarias e cargos comissionados?

O governador afirmou que pretende cortar secretarias, o que ainda não foi feito pelo pouco tempo de sua gestão - quatro meses. "Vinte e nove secretarias é um exagero para o Estado do Piauí. Até porque, tem muitas secretarias que fazem as mesmas coisas. Governo tem que funcionar como uma empresa, tem que ser enxuta, tem que ser azeitada", afirmou Zé Filho, pedindo uma chance para continuar no cargo e criticando as gestões anteriores. "As pessoas não querem mais o governo do PT". 

Maklandel Aquino criticou o candidato por estar com o Estado no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal e não ter cortado gastos comissionados. Zé Filho rebateu e disse que os comissionados não representam grande impacto na redução da conta, mas medidas já começaram a ser tomadas para isso. 

 

Fábio Lima
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Tags: Debate