O secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí (Sinte-PI), Cássio Lages, denunciou que alunos de uma escola da zona norte de Teresina estão sendo escoltados para chegar e ir embora da unidade após terem sido assaltados. Segundo ele, de cada dez ocorrências de crimes em escolas públicas, apenas três são registradas pelo Pelotão Escolar.

Jordana Cury/Cidade Verde

 

“As outras são resolvidas internamente pela direção da escola ou acontecem fora dos muros e acabam compondo a estatística geral de assaltos. Ontem recebemos a denúncia de que cinco jovens de uma conceituada escola da zona norte foram assaltados e os pais estão pagando uma escolta particular porque os estudantes continuam sofrendo ameaças”, descreveu.
 
Lages acrescenta que há suspeitas que pessoas de dentro das escolas estejam repassando informações para os criminosos. “A gente já percebeu que o bandido aborda o estudante já sabendo o que ele tem. Esses smartphones comuns hoje em dia são uma verdadeira armadilha. O jovem compra e quando sai da escola é assaltado porque alguém informo”, acredita.
 
O sindicalista informa ainda que há um aumento no número de assaltos a estudantes e pais de alunos ao redor de escolas e diz que o estado não faz nada para conter os atos. “Estão acontecendo arrastões e as escolas estão cada vez mais vulneráveis. O Pelotão escolar só tem 25 profissionais que fazem revezamento. Em Teresina são 200 escolas. Ou seja, não há estrutura para solucionar o problema”, finalizou Cássio Lages. 

Flash de Jordana Cury
Carlos Lustosa Filho
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