Uma paciente do Hospital Universitário (HU) alega que está impedida de continuar tratamento médico devido ao atraso de mais de três semanas na entrega de um exame. Késia Mayra Lima foi diagnosticada com uma bactéria no estômago e com a doença está sem trabalhar e sem disposição até mesmo para sair de casa. 

"Não tenho nem como me alimentar, fico dentro de casa o dia inteiro. Eu não trabalho e também não posso cuidar da minha filha direito porque eu sinto muita dor o dia todo", lamentou.
 
O tratamento médico depende do laudo de uma tomografia computadorizada realizada no HU no dia 5 de setembro. Já se passaram três semanas e Késia Lima ainda não recebeu o resultado. 

 

A direção do hospital reconhece que há um atraso na entrega dos exames radiológicos e garantiu que já tomou providências para resolver o problema. Segundo o superintendente do HU,  José Miguel, o prazo médio para a entrega de exames é de 15 dias. A causa seria o baixo número de profissionais na área. 

"Os exames foram sendo realizados e o número de radiologistas ainda era muito pequeno. Nos últimos três meses dobramos de quatro para oito, o número de profissionais e essa demanda já esta sendo diminuída", alegou o superintendente do Hospital Universitário.

 

 Médicos instauram dissídio coletivo contra empresa que administra HU
 
O sindicato dos médicos do Piauí instaurou o dissídio coletivo no Tribunal Regional do Trabalho contra a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), empresa que administra o Hospital Universitário. A causa deve ser discutida em audiência publica na próxima semana. Os médicos cobram reajustes salariais e melhores condições de trabalho.
 

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
Com informações Gorete Santos
[email protected]