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Cameron Diaz diz que era frustrada com a aparência

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Pense na jovem Cameron Diaz, com o rosto coberto de espinhas, na fila da rede americana de fast food Taco Bell esperando para pedir sua bomba de açúcar e gordura na forma de “dois burritos e uma Coca”. Agora olhe para a foto acima e veja a mesma Cameron Diaz, décadas depois, com um dos rostos e corpos mais elogiados de Hollywood (não, não é milagre do Photoshop; são segredos de uma ótima iluminação).

Tente, então, imaginar a quantidade de mulheres perguntando a ela qual o segredo para chegar aos 42 anos em tão boa forma e saúde depois de ter tido uma rotina pouquíssimo saudável por boa parte da vida. Foi por causa da curiosidade das pessoas em torno do que Cameron se tornou que ela resolveu escrever “O livro do corpo” (Ed. Paralela, 304 páginas, R$ 69,90), que vendeu mais de 200 mil cópias nos Estados Unidos e finalmente chega às livrarias brasileiras na próxima sexta-feira.

— A ideia surgiu em 2012, num momento em que eu estava muito saudável e em forma, treinando forte. As pessoas perguntavam o que eu fazia e tudo era muito básico: alimentação e exercícios 

— disse Cameron ao ELA por telefone. — Mas sempre que eu começava a explicar meus hábitos, via que as mulheres faziam uma cara de “não tenho a menor noção do que você esta falando”. Então, comecei a pensar o quão louco é uma pessoa da minha idade não ter ideia de como seu corpo funciona.

A tal época em que ela considerou seu auge era aos 39 anos — algo difícil de imaginar vindo de uma mulher que, em 2000, mostrou um corpo aparentemente impecável em “As panteras”. Aliás, foi o intenso treinamento para o filme que a fez prestar mais atenção ao que colocava no prato e a tomar gosto pelas atividades físicas.

— Eu fazia tudo errado, comia muita junk food. Americanos são criados assim. Eu nem pensava no que estava fazendo comigo mesma — ela conta. — Minha pele era muito ruim, e eu estava sempre frustrada com a aparência. Testava vários tratamentos para espinhas, mas nunca pensava na minha alimentação. Eu era jovem, sempre fui bem magra e não achava que precisava mudar — diz Cameron, que hoje não se importa tanto com a pele. Ela jura que apenas lava normalmente, não exagera nos cremes e foge do Botox, depois de uma aplicação cujo resultado ela não gostou.
Nada de balança

Ser alta (1,79cm) e magra (ao ser perguntada sobre seu peso, saiu pela tangente dizendo que não costuma subir na balança) fizeram com que nunca precisasse recorrer a qualquer dieta da moda, diferentemente de muitas de suas colegas de profissão. Aliás, dieta é uma palavra que ela abomina, fazendo questão de frisar, na introdução do livro, que ele não é uma obra sobre isso, nem sobre “regime de exercícios”, nem “um manual de como se tornar uma pessoa diferente”.

Então, não espere encontrar os cardápio de café, almoço e jantar de Cameron. O que ela quer é dar conselhos e ajudar a mudar vidas.

No entanto, a americana sabe que um livro sobre corpo, alimentação e fitness tem uma grande concorrência de websites, malhadoras de Instagram (que, assim como Cameron, dizem ter suporte de nutricionistas, profissionais de educação física, médicos etc.). Por isso, ela apostou nas experiências pessoais de uma estrela do cinema e aboliu qualquer tom que pudesse soar professoral demais.

— Era importante para mim ter um livro bem compreensível. O nosso corpo é muito complexo, e, quando vamos procurar informações na internet, achamos muita coisa do tipo “faça isso, não faça aquilo”. E esquecemos que o nosso corpo é uma nova equação todo dia.

Mas não pense que Cameron se restringe apenas ao glamour de um prato coloridamente elaborado ou à animação de uma aula de spinning. A americana, quem diria, topa numa boa escrever sobre “suor, urina, fezes” (suar é bom, fazer xixi é fundamental e devemos prestar mais atenção a formatos e consistências do número dois — mas, aqui é o ELA falando: evite imaginá-la ou a qualquer outra pessoa fazendo isso, ok?).

De pelos, ela também não foge; inclusive, é bem enfática quando fala sobre depilação a laser — comentários que causaram até alguns mal-entendidos na imprensa internacional, que já foi logo dizendo que a atriz era contra o ato de se depilar.

— Eu nunca quis dizer para você não cuidar das suas partes íntimas. Eu fiz um comentário sobre como muitas jovens estão tomando decisões permanentes só por causa de modismos. Você pode se depilar totalmente todo mês por anos, mas não vai poder voltar atrás quando se submeter ao laser — diz ela, que também não aconselha tatuagens. — Não tenho, e sou grata a mim mesma por isso.

O uso de desodorantes também já foi tema de bafafá nos tabloides estrangeiros. Afinal, Cameron usa ou não usa?

— Eu uso desodorante, mas não antitranspirante. As glândulas da sua axila liberam toxinas no suor e impedir essa liberação faz mal.
Idade também não é problema — é até um trunfo midiático ter 42 anos assim tão bem. Tanto que seu próximo livro vai ser sobre a biologia do envelhecimento.

— A gente tem que abracar a idade porque não há nada que possamos fazer em relação a isso. Envelhecer é um presente, nem todo mundo tem essa chance. Então, por que não fazer o melhor enquanto se está aqui?

Fonte: O Globo

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