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Lei da Ficha Limpa inibiu candidaturas no Piauí, avalia procurador

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Wilson Filho/Cidade Verde

O Ministério Público Eleitoral no Piauí ingressou com apenas três ações judiciais contra candidatos pela Lei da Ficha Limpa. Implementada pela primeira vez nas eleições gerais de 2014, a nova legislação impede que políticos com condenações disputem pleitos. Em todo o País, segundo lista elaborada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), mais de seis mil gestores ficaram inaptos a concorrerem no dia 5 de outubro. 

O procurador regional eleitoral Kelston Pinheiro Lages atribui o baixo número ao fato de gestores condenados já evitarem se candidatar temendo a impugnação do registro. "A Ficha Limpa tem um aspecto positivo porque muitas pessoas não se candidataram por já estarem enquadradas, e se entrassem sabiam que seriam cassadas ou nem seriam eleitas", afirmou ao Cidadeverde.com.

Kelston Lages ainda acompanha os três processos, dois por reprovação de contas de gestor e um por demissão do serviço público. Nenhum dos candidatos, no entanto, teve o registro negado, seja pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) ou Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Apesar da resposta da Justiça ainda ser negativa, o procurador ressalta a importância da nova lei. "A lei é de fundamental importância na medida em que ela visa expurgar da vida pública as pessoas que já demonstraram que não têm uma conduta aceitável, um comportamento compatível de quem vai gerir a vida pública. São pessoas que gostam do que é alheio e tem uma postura contrária aos princípios que devem nortear quem ingressa na vida pública", completou. 


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Emanuela Pinto (Especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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