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Silas chora ao lembrar da campanha e descarta assumir secretaria

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Primeiro suplente da coligação "A Vitória com a Força do Povo" nas eleições para deputado federal, o apresentador Silas Freire (PR) descartou assumir um cargo na equipe de governo de Wellington Dias (PT) ou ter feito acordos para que assuma uma vaga na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao vivo no Jornal do Piauí desta sexta-feira (10), Silas chorou ao lembrar das pessoas que o ajudaram na campanha eleitoral. 

Silas Freire ficou a menos de cinco mil votos de capitão Fábio Abreu (PTB), que ficou com a última vaga da coligação. O apresentador admite a chance real de ir para a Câmara, mas negou a existência de acordo para que algum dos eleitos assuma uma secretaria de governo e ele assuma. "O PR não ocupará essa cadeira por acordos políticos", garantiu. 

O candidato considerou o PR vitorioso por não ter as estruturas de campanha do PT, PTB e PP, partidos que engrossaram o número de votos e fizeram a coligação superar a expectativa de três vagas para deputado federal - foram cinco eleitos. "Nossa votação do PR foi decisiva para que isso acontecesse", avaliou. 

Sobre o futuro político, Silas Freire disse que não tem perfil de gestor e é preciso respeitar a vontade do povo. "Ele (eleitor) não me deu essa votação para ser secretário, para ser de equipe de governo. Isso está fora dos nossos planos", afirmou. "Se eu for à Câmara Federal porque alguém veio a ser secretário, eu estou credenciado".  

Segundo Turno
Silas Freire defendeu a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) afirmando que o Brasil corre o risco de perder avanços conquistados nos últimos anos. "Nós vamos para as ruas porque eu tenho medo do Brasil dar um passo atrás. Eu tenho medo de entrar em um avião e só ver os barões do País, como eu via no passado. Eu só via em avião quem era rico", disse. 

Silas Freire afirmou que o governo atual deu oportunidades aos mais pobres e isso irrita os mais ricos. "Eu tenho muito medo do filho do pobre ter que aguentar a humilhação do filho do rico", comentou o apresentador, simulando um diálogo entre patroas revoltadas com a possibilidade de ascensão social dos subalternos. "A curica lá de casa quer estudar, não quer mais cuidar dos meus filhos", narrou, entre outros exemplos como a falta de médicos e até mesmo a condição financeira para ir a uma lanchonete. 

"O piauiense precisa ter medo disso. Nós precisamos nos unir nesse momento", defendeu o suplente de deputado federal, garantindo que um milhão de votos de diferença pró Dilma no Piauí podem anular os votos pró Aécio em um estado mais rico. "Para os nossos filhos não serem mais 'curica', para nossos filhos terem a chance de ser doutor". 

Emoção
Citando o agora deputado federal eleito Heráclito Fortes (PSB), Silas Freire citou que "o fundo do poço da política tem uma mola". O apresentador foi franco ao relembrar derrotas anteriores nas urnas e a chance que ganhou neste pleito. "Eu fui vereador, eu fui deputado, eu sei que não convenci". 

No final da entrevista, Silas Freire fez um agradecimento aos que o ajudaram durante a campanha. Ao falar da esposa Karytha, a quem chamou de "heroína" antes de ficar sem voz. O candidato agradeceu também ao filho que trancou o curso de direito para coordenar a campanha, aos motoristas que viraram panfleteiros. "Independentemente de eu sentar na Câmara Federal ou não, eu acho que já chutei o balde. E vocês chutaram o balde por mim", concluiu. 

Fábio Lima
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