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Petrobras: Dilma diz que não punirá sem prova envolvidos

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A presidente Dilma Rousseff disse neste sábado (11), em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, que não pretende demitir envolvidos no suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras sem saber se eles têm ligação com o caso.

“Eu não posso condenar ninguém sem provas. Eu não farei. Não tomarei esse tipo de medida demagógica pré-eleitoral. Demito quem tem culpa, não posso demitir quem não tem”, declarou. A presidente disse que pediu informações sobre as investigações à Justiça e ao Ministério Público, mas teve o pedido negado, sob alegação de que a apuração corre sob sigilo.

"Eu acho que qualquer denúncia tem de ser apurada, doa a quem doer. Apure-se tudo e sempre. Ninguém está livre de ser investigado, ao contrário do que acontecia ontem, quando se engavetava ou não se investigava", afirmou a presidente. "Eu sou a favor, doa a quem doer. As pessoas têm de responder pelo que fazem, sejam de que partido sejam, sejam ligadas a quem, têm de explicar as coisas. Não vejo por que não. Que se faça então uma divulgação ampla, geral e irrestrita. E que não se esconda", afirmou.

"Se é verdade que o Ministério Público, no uso de suas atribuições legais, recorreu à delação premiada, se é verdade que a delação premiada foi assinada, ela só vai ser assinada e reconhecida se as pessoas que denunciam mostrarem provas. Então a deleção premiada tem provas, que é crucial para qualquer investigação", declarou.

Dilma voltou a criticar o vazamento de informações sobre a investigação. "Eu quero saber todos os envolvidos e não quero vazamentos seletivos. Vazamentos seletivos durante campanha eleitoral têm uma característica eleitoreira", disse.

Ela disse também que não é a Polícia Federal que faz vazamentos do caso. "Acho que é claro que não foi a Polícia Federal que está fazendo vazamentos. Inclusive queria dizer até o seguinte: tem que ter muito cuidado com alguns vazamentos, porque, dependendo de como você o faça, você compromete as provas, e, portanto, a punição."

Críticas e apoios

Sem citar o nome de Aécio Neves, a presidente rebateu críticas de que o partido dela faz um aparelhamento do Estado. "Eu nunca virei vice-presidente da Caixa Econômica Federal aos 25 anos de idade. Todos os cargos que tive foram por meus méritos, e não por indicação de ninguém." Aécio ocupou o cargo por nomeação do então presidente José Sarney em 1985, quando tinha 25 anos.

Durante a visita a Contagem, Dilma recebeu um manifesto de apoio de militantes do PSB, da Rede, do PMDB, do PRTB e do PPL entregue por Zaire Rezende, ex-prefeito de Uberlandia, do PMDB. O PSB, partido de Marina Silva, já oficializou apoio a Aécio Neves.

Fonte: G1

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