Na semana passada, duas vítimas de afogamento foram resgatadas das águas do rio Parnaíba em Teresina. Nessa época do ano, o rio está mais seco e com coroas aparentes, o que aumenta o risco de afogamento. Somente este ano, já foram registradas mais de 50 mortes no Parnaíba.
Os bombeiros orientam que a população deve evitar tomar banhos no rio. "O rio é cheio de canais, que são locais onde a água é rápida e profunda. As pessoas geralmente saem do leito do rio e tentam atravessar. Quando chegam nesses pontos mais profundos, as pessoas tendem a se assustar e perder o controle", afirma o bombeiro Sérgio Melo.
O oficial lembra ainda que antes de entrar no rio é preciso se informar sobre os riscos do local. "A pessoa precisa de informar, saber onde tem coroa, onde tem profundidade e sobre os obstáculos".
Outro ponto que deve ser observado pela população é o alto índice de poluição do rio, já que quase todo o esgoto da capital é descarregado no rio Parnaíba, tornando a água inapropriada para o banho. Apenas 16% do esgoto da capital é tratado.
O Parnaíba tem 1.500 km de extensão, com graves problemas de assoreamento das margens e da mata siliar e desmatamento. "As coroas estao cada vez mais comuns, dificultando a navegabilidade do rio. Para torna-lo navegável novamente, é preciso concluir as eclusas e recuperar as margens", afirma o presidente da Fundação Rio Parnaíba (Furpa), Francisco Soares.
Sana Moraes