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Corpo de criança que morreu sob suspeita de maus tratos é exumado no Promorar

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O  corpo de Ana Clara dos Santos Silva, de apenas um ano, que faleceu no dia 19 de outubro sob suspeita de maus tratos, foi exumado na tarde desta terça-feira (28). O delegado titular do 4º Distrito Policial, José de Anchieta,  afirmou que a solicitou a exumação por considerar a causa da morte ficou indefinida. O único familiar presente foi o avô da criança, mas ele não quis falar com a imprensa nem se identificar. 

A criança veio a óbito após sofrer uma parada cardiorespiratória no Hospital do Promorar. A equipe médica que atendeu a menina desconfiou que ela pudesse ter sofrido maus tratos, porque chegou ao hospital com manchas escuras pelo corpo, desnutrida e apresentando muita palidez. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) expedido um dia depois da morte de Ana Clara, não constatou nenhuma lesão interna grave que pudesse confirmar a suspeita de maus tratos.

Segundo o delegado, a exumação pode auxiliar na conclusão do inquérito. "Poderemos saber a real causa da morte da criança". 

A mãe de Ana Clara, Maria da Cruz Silva, foi presa sob acusação de maus tratos.  

De acordo o advogado de defesa, Mauro Walbert, que acompanhou a exumação, essa nova etapa será para garantir a inocência da mãe. "Tendo em vista s repercussão negativa em torno no nome da mãe, estamos buscando, após o resultado deste laudo e da exumação provar a sua inocência, que está presa injustamente". 

Ele considera a situação vexatória, já que a mãe foi acusada, presa e proibida de participar do enterro e da missa de 7º dia da filha. "Não existem provas  contundentes de sua culpa. Esse é um trauma que ela jamais esquecerá ", disse o advogado.  

A defesa informou também que o prazo máximo pra a expedição do laudo é de até 10 dias. "A família está revoltada com toda essa situação e está colaborando em tudo com a defesa e com a investigação". 

A promotora da Vara da Infância e Juventude, Vera Lúcia Santos, também esteve no cemitério do Promorar e disse que o caso não ficou esclarecido e houve muita especulação. "Esperamos que seja comprovado o que realmente aconteceu, para que não seja feita nenhuma injustiça. Só podemos fazer alguma coisa depois de concluído o inquérito e encaminhado ao Ministério Público". 

Depois da exumação e do laudo, o inquérito deve ser concluído. A promotora afirma ainda que, caso o laudo comprove a inocência da mãe, o inquérito será arquivado.

Após a exumação do corpo, o médico legista Antônio Nunes Pereira, declarou que esse novo exame confirmou que não houve maus tratos. "Não foi identificado nenhum sinal de maus tratos ou de violência que possa ter causado a morte da criança. O exame de hoje mostrou a causa da morte, que só será mostrada quando o laudo definitivo sair". Ele foi auxiliado pelo técnico de necropsia, Robert Lima Oliveira. 

Como a mãe está presa, o legista Antônio Nunes afirmou ainda que a divulgação do laudo deve ser antecipada. 

Flash de Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação Sana Moraes 
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