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Sandra Annenberg sobre acidente: "Não ouvi meu 6º sentido"

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Há três meses apresentando o “Como será?”, substituto do Globo Cidadania, aos sábados, Sandra Annenberg, de 46 anos, titubeia ao tentar responder a pergunta sobre seu futuro. Prefere vivenciar o presente, o que para a âncora do “Jornal hoje”, está de bom tamanho. Ainda se recuperando do acidente que lhe rendeu 30 pontos no supercílio — a jornalista praticava exercício com uma personal trainer, em casa, quando foi atingida por dois halteres, sobre o peito e o rosto, no início do mês, e ficou uma semana afastada —, Sandra diz que acha esquisito os memes que criam sobre suas frases, que se sente melhor do que há 20 anos e fala da dedicação à filha Elisa, de 11, do casamento com o jornalista Ernesto Paglia, de 55.

 

Foto: Ze Paulo Cardeal/TV Globo/Divulgação


Sandra Annenberg no ‘Como será?’

Já sofreu um acidente doméstico antes?
Não! Ainda mais esse tipo de acidente, esquisito, desses que nunca achamos que vai acontecer com a gente. Mas estou bem. No estaleiro (sem poder se exercitar), mas bem!
 

Foram 30 pontos mas quase não dá para ver a cicatriz...
A maquiagem dá uma disfarçada, mas como ando sem nada no dia a dia, ainda se vê bastante. O médico me deu pelo menos dois meses para desinchar e, segundo ele, em seis meses, verei apenas um risquinho. Leva tempo e é preciso ter paciência. Afinal de contas, foram muitos pontos. Tudo bem que a maioria interna, mas demora a cicatrização.
 

Foi um susto muito grande?
A gente aprende muito com tudo que acontece. Tento tirar lição das coisas. Claro que podia ter sido bem pior. Acho que não ouvi meu sexto sentido. Tive um insight de que aquilo podia acontecer. Mesmo assim, acabei me expondo a um risco desnecessário. Vou começar a me ouvir melhor. Tenho que aprender a dizer “não, não quero continuar”, seja lá no que for. Se alguma coisa incomoda, a gente tem que levar em conta.
 

Você se surpreende com o interesse das pessoas sobre você, com os memes que criam com suas frases?
Acho esquisito. Mas não que me sinta alvo, que as pessoas estejam de olho em mim. Acho que está todo mundo muito antenado e qualquer pequena atitude tem uma dimensão absurda por conta dessa conectividade. As coisas se multiplicam numa progressão geométrica incrível. Antes se falava de boca em boca, agora é de meme em meme, rede em rede. Serve para a gente tomar cuidado e se preocupar com o que fala.
 

Mas você procura na internet o que falam sobre você?
Não sou de ficar pendurada na internet. Não me considero notícia. Estar desse lado é algo que a gente evita, mas como estou exposta, sei que corro esses riscos.

Você começou sua carreira como atriz. Tem desejo de ir para a área de entretenimento?
Meu desejo é fazer o que estou fazendo. E está me dando bastante trabalho. Sempre me pautei na frase “never say never” (nunca diga nunca). Minha vida foi acontecendo. Não tenho planos. Não sei como estarei daqui a dez anos. As coisas são muito dinâmicas. Só de jornalismo na Globo fiz 23 anos, estreei na TV aos 6. Estou há muito tempo circulando e nunca disse “não”. Sempre gostei de experimentar. Cometi erros, mas agora estou fazendo tudo com muito prazer.
 

O “Como será?” é diferente do “Jornal hoje”. Como surgiu a ideia de que você comandasse o programa?
Há bastante tempo, eu disse para o Schroder (Carlos Henrique, diretor-geral da Globo) que queria um projeto na área de educação, porque gosto e leio muito sobre isso. E há tempos se pensava em fazer algo diferente do Globo Cidadania, que eu já apresentava há anos. É muito bom esse exercício da profissão. Fazemos um pouco de tudo e você acaba podendo se dedicar ao que gosta.
 

Com tantas atividades, como é a Sandra fora da redação?
É a coisa mais normal do mundo. Faço compras, levo o carro para consertar, a filha na escola, coisas que ocupam a vida de qualquer pessoa. Tento reservar tempo para cuidar de mim, do marido e da filha. Tenho prazer enorme de ser “mãetorista”. E Elisa está crescendo, daqui a pouco não vai depender de mim.
 

Era um desejo ser mãe de apenas uma menina ou o tempo não permitiu ter uma família maior?
Essa foi uma decisão superconsciente. Era mais tranquilo para todo mundo. Claro que, para filho, a gente acha tempo, e a gente precisava ter bom tempo para todo mundo. E assim estou bem realizada. Cheguei a uma idade com a sensação de que está tudo muito bom.
 

Dizem que os 40 anos são melhores que os 20...
Eu me sinto muito melhor, sim, e por vários motivos. Não só fisicamente, mas a maturidade dá tranquilidade. Hoje sei que não dá para fazer tudo. Você vai ficando mais paciente. Tenho me sentido bem, entendendo minhas limitações.

Com tantos anos de profissão, ainda fica nervosa na bancada?
Sinto frio na barriga todos os dias, acredita? Com essa coisa de entrar ao vivo, com a responsabilidade que se tem, não saber o que vai acontecer... Isso exige muito da gente. O dia que não sentir isso, eu me aposento.
 

Você leva a notícia para casa?
Dizer que não é mentira. A gente tenta se distanciar, mas é inevitável. Não é um personagem. É a Sandra quem está lá. Já me peguei mal, mas faz parte. Poder me indignar é o que me move.

 

 


Fonte: Extra

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