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Secretário de Saúde descarta epidemia de Febre do Nilo Ocidental

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O secretário estadual de Saúde, José Fortes, descartou uma possível epidemia da Febre do Nilo Ocidental, após o registro do primeiro caso no Brasil ter sido constatado em um agricultor de Aroeira do Itaim. A declaração foi dada durante coletiva na sede da Sesapi sobre o caso. 

Segundo José Fortes, equipes da secretaria estão há quase um mês trabalhando na região diuturnamente e investigando todas as pessoas que apresentam febre alta. 

“Não temos medido esforços para que a doença não saia dali. Qualquer alteração de temperatura está sendo diagnosticada para conter, não deixando que ela saia dali e não disseminar como ocorreu nos Estados Unidos. Tenho absoluta certeza que esse caso será único”, acredita o secretário. 

A gerente de Epidemiologia da Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi), Maria Amélia Costa, também descartou informando que todos os estudos de campo foram realizados na região com vizinhos e familiares do paciente e animais. 

As avaliações feitas em parceria com a Agência de Desenvolvimento Agropecuário (Adapi), Laboratório Central de Saúde (Lacen), Fundação Municipal de Teresina, Instituto Evandro Chagas e com o Ministério da Saúde, constataram que vizinhos e familiares do paciente não adoeceram e tiveram o resultado negativo nos testes para detecção de contato com o vírus do Nilo Ocidental.

Os exames realizados indicaram que algumas aves domésticas também tiveram contato recente ou remoto com o vírus, porém estão saudáveis. Não houve mortandade de aves ou equídeos na região. 

“Desde a suspeita inicial, alguns pacientes piauienses que apresentaram sintomatologia sob algum aspecto semelhante à do agricultor de Aroeira do Itaim também foram testados para a doença, todos com resultados negativos. Não houve detecção de outros pacientes acometidos por Febre do Nilo Ocidental no estado ou no país”, argumenta a gerente de Epidemiologia da Sesapi, Maria Amélia de Oliveira Costa. 

Ela ressalta que todos os estudos feitos constatou que não se trata de epidemia. “Mesmo sendo inusitado e inédito no país, o diagnóstico deveu-se provavelmente à eficiência do sistema de vigilância sentinela e sindrômica das encefalites virais implantado há pouco mais de um ano em Teresina. É possível que outros casos esporádicos e isolados já tenham ocorrido em outras regiões do país e não tenham sido diagnosticados”, acredita a gerente. 

Município com avoantes

A Adapi constatou que o município de Aroeira do Itaim recebe muitos avoantes e que esse provavelmente tenha sido um dos fatores que tenha provocado a aparição da primeira Febre do Nilo Ocidental. Já que o encontro das aves com o mosquito Culex circulante pode ter contaminado esses animais e consequentemente o agricultor.

Maria Amélia Costa enfatiza que não existe transmissão de humano para humano e que as aves não transmitem caso seja bem cozida. “É importante frisar que as pessoas não precisam deixar de comer galinhas ou outras aves, já que cozinhando já elimina o vírus. Não existe pânico”, destacou. 

Ela afirma que 75% da população pode ter o vírus e não ter complicação. “O agricultor fez parte do 1% da população que pode trazer um quadro clínico mais grave, mas ele já está sendo reabilitado e curado da Febre do Nilo”, finalizou. 


Caroline Oliveira
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