Com obras atrasadas desde setembro, a ampliação da avenida Barão de Castelo Branco até o balão do Morada Nova, na zona Sul, está emperrada. A obra, que visa melhorar o tráfego de veículos, esbarra na desapropriação de duas casas, assunto que foi parar na Justiça em função dos valores oferecidos pela Prefeitura de Teresina (PI). 

A obra iniciada no primeiro semestre do ano tinha prazo de 180 dias. Para ser concluída, 27 casas precisariam ser desapropriadas, mas duas delas se recusaram a receber o valor oferecido.

Tatiane Rodrigues é uma das insatisfeitas. Ela afirma que a prefeitura ofereceu R$ 40 mil pela sua casa, para que ela se mude do Redenção para o Portal da Alegria. "Eu sou mãe solteira, trabalho aqui no bairro, meus filhos estudam aqui. Eu tentei entrar em acordo com eles, mas eles não quiseram negociação".

Como não houve acordo, os dois casos foram levados para a Justiça. A legislação prevê que casos de bem maior ao coletivo se sobrepõem ao individual, o que indica que a desapropriação irá, sim, ocorrer. Já o valor da indenização, a Justiça irá definir. 

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional (Semduh) informou para a TV Cidade Verde que a negociação das desapropriações se deu por meio de uma casa do programa Minha Casa, Minha Vida ou pagamento em dinheiro. A avaliação do imóvel leva em conta o valor do terreno e a estimativa do espaço construído. No caso do terreno em questão, que é do Estado, só foi considerado o valor da construção. 

José do Carmo, líder da ONG Cause Mudança, que defende moradores da região, reclama que os valores das avaliações ficaram abaixo do mercado e que faltou informação aos moradores sobre como se daria todo o processo. 

Enquanto isso, quem vive na região sofre com a poeira da obra inacabada. 

reportagem de Francisco Lima (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (Da Redação)
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