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Russa diz que brasileiro morto em Cancún usou drogas

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A russa Ekaterina Valiseva, de 35 anos, revelou à revista Veja que o empresário catarinense Dealberto Jorge Silva Júnior, de 35 anos, consumiu drogas e álcool nos dias em que permaneceu em Playa Del Carmen, em Cancún, no México. Ekaterina é a mulher citada por Dealberto no áudio enviado por ele a amigos antes de morrer. Na gravação, ele afirma que a “amiga do Marchetti, a russa” estaria planejando seu sequestro.

Ekaterina afirmou à publicação não saber por que foi citada por Dealberto e conta que o áudio pode ter sido resultado de uma paranoia causada pelo efeito do ecstasy. Ela admite ter consumido a droga junto com Dealberto, Fernando Silva, de 33 anos, irmão do empresário, e Rômulo Savignon e Marilia Pompeu Caputo, amigos dos brasileiros que os acompanhava na viagem.

“Não tenho ideia do por que disso. Estava tudo bem até a hora em que fui embora”, afirmou Ekaterina a revista. “Não sei quanto ecstasy eles tomaram. Comigo tomaram metade cada um e, depois de uma hora, outra metade. Eles tomaram vodka e eu, rum. O comprimido era de cor azul escura, diferente do ecstasy vendido na Europa”.

Ainda segundo a mulher, que afirma trabalhar como hostess na casa noturna Cipriani, em Ibiza, na Espanha, o grupo se encontrou no Hotel Reina Roja e seguiu para o clube noturno Blue Parrot. Ekaterina também negou que tenha feito sexo com algum dos brasileiros.

“Saímos a sexta-feira toda. Eu fui com Fernando a uma discoteca e Dealberto foi com Rômulo a outro lugar. Depois, fomos todos ao hotel onde estavam hospedados”.

Ekaterina afirma ainda que ela mesmo teve um momento de paranoia causado pelo consumo de drogas, quando acreditou que Marilia tivesse desaparecido, o que chamou de “bad trip”. “Ela não atendia o telefone e eu fiquei preocupada porque na última vez que nos vimos ela estava com um cara estranho, que conheceu em uma pizzaria”, afirmou. “Acredito que Dealberto também teve (uma bad trip). Fui embora pensando coisas ruins".

Ekaterina afirma que deixou os amigos em frente ao hotel de outro amigo, em Caníbal, e foi à delegacia registrar o desaparecimento de Marilia. Ela só voltou a encontrar com o grupo na tarde de sábado.

Ekaterina esclareceu ainda que foi ao México passar férias com um namorado turco que teria conhecido há um mês, em Ibiza. Ela afirma que ele a viu com os brasileiros no Hotel Blue Parrot, onde se reuniram antes e depois da festa, mas disse não saber se ele seria capaz de algum ato violento por ciúmes. Ela também não explicou porque o homem não acompanhou o grupo.

“Não o conheço tão bem a ponto de dizer isso, mas não presenciei nenhuma briga”.

Relembre o caso

A polícia mexicana ainda investiga o caso. Na última terça-feira, a Procuradoria Geral de Justiça do México informou que não há indícios de violência e que a morte de Dealberto foi acidental. O resultado do exame toxicológio que mostrará se houve consumo de drogas deve sair nos próximos dias.

Dealberto caiu do terraço de um prédio residencial de três andares, no centro de Playa Del Carman, por volta da meia-noite de domingo. A queda foi de aproximadamente dez metros de altura. O brasileiro estaria participando de um festa em uma das residências do local, mas ainda não há informações sobre quem estava na festa.

Ele viajou para o México no dia 2 de janeiro com o irmão, Fernando, e um grupo de amigos. Os dois são de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, e são empresários. A família já está em contato com Fernando, que deve retornar ao país nos próximos dias. O rapaz está em estado de choque.

Amigos relatam uso de drogas

Em áudios trocados pelo WhatsApp, amigos do brasileiro Dealberto Jorge Silva, de 35 anos, encontrado morto no México no último final de semana, afirmam que Fernando teria contado à família que o jovem consumiu drogas durante a viagem. As gravações foram obtidas através do WhatsApp do EXTRA.

Na primeira gravação, um homem lamenta a informação. “Foi já confirmado, ‘tá’, o Fernando já confirmou, não teve nada a ver esse negócio de polícia, sequestro, nada. Foi só loucura de droga, a oxi, o nome da droga, então foi c* das grandes mesmo. Infelizmente, triste, mas fazer o quê? O detetive encostou nele, ele ficou com medo, fugiu para o aeroporto, se enrolou todo, mas confirma-se que ele ja está bem, já está em local seguro, só aguardando para conseguir voltar para casa”, relata.

Uma mulher, que também seria amiga dos empresários, afirma ainda que Fernando teria se hospedado em outro hotel por estar em estado de choque. Na conversa, ela revela ainda que a polícia mexicana conseguiu localizar Fernando através de rastreamento telefônico. O pai dos rapazes teria ainda feito um depósito na conta bancária do rapaz para que ele pagasse a estadia no local.

“Ele disse que o Fernando ligou novamente, mas que tá um negócio meio estranho lá, ou o Felfinha (Fernando) ‘tá’ surtado de tudo que aconteceu, porque ele não está falando coisa com coisa no telefone, ou ele tomou uma parada muito forte lá, que sei lá, diz que tem uma droga lá, da Europa, que a pessoa surta uns dois ou três dias. Então, estão cogitando essas hipóteses, que ele falou com o Léo que estava indo no velório dele, que tinha que tomar banho para ir no enterro, que queria ser enterrado com o irmão dele, um papo muito estranho”, conta a mulher para um grupo de amigos.

Fonte: Extra

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