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Turquia ou Brasil? Diego quer voltar, mas não abre mão de salário milionário

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Jogar no Brasil em um clube com visibilidade para a seleção ou ir para algum país sem grande expressão no futebol, mas encher o bolso de dinheiro? Ultimamente, cada vez mais jogadores brasileiros estão ficando com a segunda opção e colocando os dólares e euros sobre a carreira. Este é o caso de Diego, meia promissor em seus tempos de Santos, lá em 2002, mas que hoje não troca a Turquia por um salário reduzido por aqui.

Recentemente, o vice-presidente de futebol do São Paulo Ataíde Gil Guerreiro revelou que Diego quer voltar o Brasil. Após temporadas vagando por equipes medianas da Europa e passar os últimos seis meses no turco Fenerbahce, o meia cansou. Mas a crise financeira vivida pelos times brasileiros somada à ganância do atleta tornaram essa transferência impossível.

“Um advogado lá de Ribeirão e que é sócio do São Paulo me disse que o Diego estava com vontade de voltar para o Brasil, que tinha cansado da Turquia. Daí eu falei: ‘Eu conversei com o Muricy, é alguém que pode nos interessar’. E esse advogado me deu o salário do fulano e eu quase caí de costas. Então eu disse que teria interesse no Diego, mas com esse salário, não. ‘Ele aceita reduzir?’ ‘Não, ele não aceita’. Então o Diego é caso morto”, revelou Guerreiro.

O salário em questão é de 3,5 milhões de euros por ano, algo em torno de R$ 875 mil mensais. Impensável hoje no Brasil. E o caso de Diego é um clássico de jogadores que deixam o futebol daqui pensando exclusivamente no dinheiro. Sem a mesma visibilidade na Turquia ou no banco de reservas do Atlético de Madrid, onde foi vice-campeão continental em 2014, a ex-joia santista não viu sua carreira decolar como prometia.

Caminho parecido tomou Bernard. Campeão da Copa Libertadores com o Atlético-MG em 2013, o meia está no Shakthar Donetsk há um ano e meio. Em turnê que a equipe ucraniana faz no Brasil neste início de 2015, tornou pública desavença com seu treinador. Falou que está arrependido de ter ido tão cedo para um país sem grande expressão no esporte.

Exemplos atuais não faltam. Só neste ano, o cruzeirense Ricardo Goulart e o atleticano Diego Tardelli deixara o País pela China. O primeiro foi eleito melhor jogador do Campeonato Brasileiro 2014. O segundo é o atual camisa 9 da seleção.

A limitação salarial dos clubes por aqui e esse desejo dos atletas de ganhar milhões de dólares ou euros refletiu diretamente no mercado da bola em janeiro. Nenhuma equipe contratou um grande craque para seu elenco. Conca, que era o mais assediado, voltará para a China e defenderá o Shangai Dongya por R$ 2,3 milhões por mÊs

“Eu queria, para satisfação da torcida, trazer um elemento de peso que substituísse a ida do Kaká para os Estados Unidos. E eu corri o mundo inteiro dentro dos nossos recursos financeiros e não consegui nenhuma estrela, não importava a posição”, lamentou o dirigente são-paulino.


Fonte: IG

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