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Baile dos Artistas muda de endereço e comemora 15 anos de folia

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Sob o céu nublado deste sábado (31), Maleficent (Malévola), cisnes, anjos e até Frida Kahlo saíram dos filmes e quadros para se divertir na 15ª edição do Baile dos Artistas. Promovido pelo sindicato da classe, o evento reúne todos os anos os representantes fantasiados das artes em suas mais diversas facetas.

Depois de deixar sua marca no Espaço Trilhos, Bar do Churu e Clube dos Diários, o Baile dos Artistas deixa o Centro da capital e ontem dividiu espaço com pubs e boates da zona Leste sem perder o brilho das verdadeiras noites de Carnaval. 

“A festa mudou de lugar mas a alegria é a mesma“, comemora Laurenice França, uma das organizadoras do evento.  O local, com o sugestivo nome de “Boteco dos Poetas” deu lugar a atores, bailarinos, cantores, pintores e porque não? Os “artistas de alma”, que mostraram criatividade e alegria ao som das marchinhas tradicionais do período.

Com o alerta para a segurança, Antoniel Ribeiro, diretor do teatro 4 de setembro explica que foi preciso mudar o evento de local por conta dos riscos do Centro da cidade e acrescenta, com insatisfação, que a festa tomou dimensões que não eram esperadas.  “A gente saiu do barzinho, mas teve que voltar, já que a galeria do Clube dos Diários não nos comportava mais.  Nas outras capitais há grandes bailes mas a gente não quer que o nosso cresça, queremos que seja um encontro de amigos, uma coisa íntima”, comentou Antoniel.

Contrariando essa ideia, cada vez mais pessoas, ligadas ou não a arte, se organizam para se divertir no baile todos os anos. é o caso da turma da funcionária pública Virna Anchieta, que levou a “Turma do Chaves” para a festa. “Nada melhor do que este momento de alegria para prestar essa merecida homenagem”, comentou.


Turma de amigos homenageia Chaves

Para dar ainda mais brilho a noite o brasão verde da escola de samba Skindô pairou pelo ar carregado pela porta-bandeira Raira Monteiro e protegido pelo mestre-sala Décio Costa. Ela estudante de Química, ele estudante de educação física, em comum apenas a emoção de desfilar pela primeira vez no Carnaval de Teresina.

“Foi um trabalho de muita pesquisa e conversa com pessoas que já estão há muito tempo a frente do Carnaval. É uma emoção enorme representar essas pessoas e ao mesmo tempo um desafio já que não podemos sambar. Mestre-sala e porta-bandeira estão sempre em um baile”, comentou emocionado o jovem mestre-sala.


Porta-bandeira e mestre-sala da Escola de Samba Skindô

Após quatro anos sem desfilar a escola levará para a avenida Marechal Castelo Branco o tema fotografia e de acordo com o presidente da agremiação, Jamil Said, uma explosão de cores tomará conta do desfile. “Vamos homenagear grandes nomes de Teresina e mostrar a fotografia desde a invenção do Preto e Branco até a explosão de cores”, adiantou o presidente.


Jamil Said, presidente da Escola de Samba Skindô

Pairando sobre as pessoas com a leveza do balé clássico, os cisnes negro e branco, incorporados por Darkson Michael e Adriano Abreu, pareciam ter fugido do lago para a folia, e assim como os cisnes de tchaikovsky, que encantam nos palcos, levaram todas as atenções e olhares para o concurso de fantasias que apesar de ter somente cinco concorrentes, surpreendeu pela criatividade. Com uma rede de descanso, a competidora fez a “rede social”, dividindo a concorrência com um táxi, os cisnes bailarinos, a personagem Maleficent, vivida por Angelina Jolie nos cinemas em 2014 e até o “Tio Sam”.


Os cisnes negro e branco por Darkson Michael e Adriano Abreu

Pela perfeição nos detalhes e semelhança com a atriz, a estudante de Direito Camile Mendes Oliveira, levou o prêmio de melhor fantasia com Maleficent, mas se engana quem pensa que o principal é o prêmio. Para os cisnes, segundo lugar no concurso, o que vale mesmo é a festa e a diversão. “Todos os anos estamos na festa e nós mesmos fizemos a fantasia. Nos divertimos muito  participando”, contaram os dois em meio a roda de amigos que pelos sorrisos, não escondiam a alegria.


Vencedora do concurso de fantasias, Camile Mendes,vestida de Maleficent (Malévola)

Porém, nem só de união e folia vivem os artistas. O ator Franklin Pires, conhecido por espetáculos teatrais e filmes como Mocambinho e Corpúsculo, criados por ele mesmo no Piauí, aproveitou a conversa para alertar o movimento artístico para o real engajamento, necessário para que a classe se fortaleça.

“Eu acho ótimo o baile porque pelo menos uma vez o pessoal tira as máscaras da vida e coloca as da folia porque é só em festa que a gente é amigo. Nosso movimento nunca foi forte nem unido, a classe artística nunca se uniu para nenhuma causa. Entra e sai governo e ninguém faz nada porque o artista só senta no bar e reclama. A gente nunca vai atrás de direitos. Lutamos pelo espaço individualmente, porque como classe a gente nunca funcionou”, desabafou o ator que todos os anos participa da festa, mas desta vez sem fantasia.

Apesar das diferenças e controvérsias, em noite de baile o que reina é a alegria, e nesta noite, os artistas, donos da festa, deram um show de simpatia e boas energias, visíveis pelos sorrisos e pela dança contagiante.

Rayldo Pereira
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