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Crucifixos e até brinquedos são furtados de cemitério da zona leste

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Para algumas pessoas, os mortos são sagrados. Há quem diga que eles podem auxiliar ou até mesmo prejudicar os que ainda não partiram. Mas para ao menos um criminoso eles não importam. Isso porque os crucifixos de bronze que adornam as sepulturas do cemitério São Judas Tadeu, no bairro São João, zona leste de Teresina, estão sendo furtados. Na madrugada desta quarta-feira (4), o ladrão voltou a atuar, mas foi impedido de levar o material pelo vigilante que atirou para assustá-lo.  Além dos cristos, o larápio também leva as argolas que fecham os túmulos de mármore e até mesmo recordações deixadas por parentes em vida.

De acordo com a chefe da divisão de serviços diversos da SDU Leste, Maria Floriza Silva, os furtos têm ocorrido com mais frequência neste ano. “Uma parte do muro é baixa, o que ajuda o ladrão a pular e passar pelo arame com facilidade. Ele vai até a sepultura, arranca os cristos e argolas de bronze. Eu acredito que eles só podem ter um receptador porque se estão pegando com facilidade é porque vendem facilmente”, descreve. 

Ela acrescenta que até os brinquedos deixados em um túmulo de um garoto de oito anos pelo pai já foram levados. “As famílias se revoltam não só pela questão financeira, mas pela violação da memória e das lembranças que eles deixam”, disse Floriza.

A gestora diz ainda que, depois que foi instalada a vigilância armada, os furtos haviam diminuído, mas que os crimes voltaram a crescer em 2015. Ela afirma ainda que ao denunciar o fato à Polícia Civil e registrar o Boletim de Ocorrência ainda foi destratada pelos policiais. “Depois do B. O. eles ainda disseram: ‘é importante que depois de vocês pegarem os ladrões, nos comuniquem’. Achei um desaforo! Não são eles quem têm que investigar?”, questiona. 

O zelador Agenor da Silva Porfírio conta que o cemitério São Judas Tadeu era muito tranquilo. “Já trabalhei em muitos cemitérios e este era o mais calmo, mas agora está assim, levam o bronze, placa de alumínio e a gente não pode fazer nada, porque corre o risco de ser agredido. Já roubaram até a arma do segurança”, denuncia. 

Um vigilante, que não quis revelar seu nome, diz que o autor dos crimes é um só, já foi identificado e mora próximo ao local. “Nas últimas três vezes, conseguimos chegar perto dele e vimos que é um viciado que mora perto do cemitério. Como não podemos atirar na pessoa, damos só o susto. Hoje, quando outro vigilante atirou, ele não conseguiu levara a caixa que tinha oito crucifixos tirados das sepulturas”, declarou. 

Na manhã de hoje, mais um boletim de ocorrência foi registrado no 5º DP e a administração do cemitério espera que agora a polícia prenda o criminoso, já que os próprios servidores conseguiram identificá-lo. 

 

Caroline Oliveira
Carlos Lustosa Filho
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