O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) afirmou hoje que está havendo uma politização da Petrobras na indicação dos novos diretores que assumirão a empresa com a saída de Graça Foster. “O governo está batendo cabeça para escolher seus substitutos e mais uma vez vem a politização. O dilmismo não aceita o meireles e o lulismo quer o meireles. Isto é um absurdo!”, declarou o parlamentar em aparte ao deputado Fernando Jordão nesta quarta-feira.

Heráclito disse ainda que a empresa foi tratada de forma irresponsável nos últimos anos e defendeu a criação de uma CPI para apurar os fatos. “Nós, inadvertidamente ou de maneira cega, não tínhamos noção do que se passava nos seus corredores. Essa CPI precisa ser criada. Ela não é contra ninguém. Ela é a favor do Brasil”, disse.

O deputado também chamou atenção para a parceria entre a Abreu e Lima e a Venezuela que, segundo ele, precisa de esclarecimentos. Para Heráclito, é preciso saber quanto a Venezuela colocou nessa parceria. “Precisamos saber de maneira clara qual foi a participação da Venezuela, porque até onde nós sabemos o Chávez foi jogando de barriga a integralização da participação daquele país no Projeto”, finalizou.

A CPI da Petrobras teve 186 assinaturas coletadas pela oposição. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) afirma que a comissão vai investigar a prática de atos ilícitos e irregularidades no âmbito da empresa entre os anos de 2005 e 2015, relacionados a superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil; à constituição de empresas subsidiárias e sociedades de propósito específico pela Petrobras com o fim de praticar atos ilícitos; ao superfaturamento e gestão temerária na construção e afretamento de navios de transporte, navios-plataforma e navios-sonda; e às irregularidades na operação da companhia Sete Brasil e na venda de ativos da Petrobras na África.

Da Redação
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