Fotos: Wilson Filho/Cidade Verde
O linchamento de um jovem suspeito de assalto na última quinta-feira (12), na zona Sul de Teresina (PI), reacendeu o debate sobre a participação de jovens em crimes. O Jornal do Piauí ouviu pessoas envolvidas no cuidado de menores em situação de risco e constataram os problemas que levam a essa situação.
Francisco Chagas do Nascimento Júnior, o Júnior do MP3 (Movimento Pela Paz na Periferia), afirmou que faltam alternativas para a juventude. "A expressão que eu usso é que o jovem tem como espelho o que está mais perto dele. Quem está mais perto: é o Estado ou o traficante?", questionou.
Miranda Neto, do Grupo de Apoio à Vida (GAV), corroborou com a opinião. "O filho do pobre na comunidade em Teresina não tem a menor oportunidade. Os poderes não conseguiram acompanhar esse crescimento da infância e da juventude".
O coordenador do GAV citou que existem muitas quadras ociosas sem uma bola para que as crianças pratiquem esportes. Miranda Neto informou que enviou um pedido de audiência com o governador Wellington Dias (PT), para que 36 prédios públicos desativados sejam cedidos para igrejas, associações e organizações não governamentais. As entidades ficariam comprometidas em ações sociais.
Júnior do MP3 ainda levantou suspeitas sobre o armamento utilizado pelos jovens. Mesmo admitindo que 99% dos policiais são íntegros, ele apontou que uma minoria supostamente aluga suas armas para crimes. "De primeiro o menino assaltava com faca.
Veja o debate na íntegra:
Fábio Lima
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