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Teófilo Piauizando destaca a obra de Galeno; artista do PI reconhecido no mundo

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Neste sábado(11), o artista Francisco Galeno, piauiense e radicado em Brasília-DF, foi o entrevistado do programa Teófilo Piauizando.

O talento de Galeno é reconhecido em todo o País. Ele usa objetos triviais, como carretéis, anzóis, pipas e latas de sardinha para compor suas obras.
Os críticos definem a arte de Galeno como camaleônica por apresentar em seus trabalhos sempre uma nova forma, uma nova pele, uma nova modulação de cor. O próprio artista atesta isso dizendo: "O camaleão, que muda de cor para escapar do predador, foi um bicho que influenciou muito a minha pintura".

Nascido na cidade Morros da Mariana, aos 8 anos de idade foi para Brasília com o seu pai. Os anos se passaram e ele entrou no mundo da arte por curiosidade, observando o irmão, que já fazia esculturas. Ele afirmou que vendo aquilo, quis entrar no meio e estar perto das pessoas que faziam arte, começando assim a realizar os seus primeiros rabiscos.

Galeno tem a arte no sangue. Ele é filho de pai pescador, que fabricava canoas, e de uma mãe costureira, que confeccionava rendas. Além disso, o avô era vaqueiro e preparava selas e arreios de couro. Com essas influências resolveu pintar e passou a freqüentar exposições nas galerias, a olhar revistas e a fazer pesquisas em livros, mas queria construir uma identidade própria e conseguiu, buscando referências da infância, às margens do rio Parnaíba,
para criar seus trabalhos, enveredando assim para o caminho da arte construtitiva. "Não existe a frieza da régua e do compasso, é mão livre", falou.

O talento de Galeno não se restrine à pintura, mas também abrange outras vertentes artísticas, que vai da escultura à criação de roupas e à composição de instalações.E alguns de seus trabalhos conta, hoje, com a parceria do pai, que se transformou em marceneiro e ajuda na produção das peças.

O artista criou um projeto para homenagear os loucos de estrada, que ele chama de "Loucos de BR", inspirado no artista Arthur Bispo do Rosário, descoberto em um manicômio do Rio de Janeiro. Segundo ele, a idéia surgiu em viagens de carro para o Piauí, onde sempre encontrava loucos de BR, pessoas consideradas por ele verdadeiros artistas, por juntarem qualquer objeto para se enfeitar.

Galeno já participou de dezenas de exposições, individuais e coletivas, em vários estados brasileiros e fora do País. Ele teve trabalhos expostos em galerias do Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Paraná, Minas Gerais, Pará e na França, Suécia e Alemanha, por exemplo.

FORMAÇÃO
Freqüentou cursos e escola de teatro e música em Brasília.
1977 - Ateliê-escola do pintor Moreira Azevedo, artista português radicado em Brasília.
1978 - Curso-livre com Maria Pacca, no Centro de Criatividade da Fundação Cultural do DF, sob a direção de Luiz Áquila.

OUTRAS ATIVIDADES

Participação como cantor e ator em oficinas de música e teatro em Brazlândia(cidade satélite do Distrito Federal) e
Brasília
Reprodução de uma de suas pinturas em selo nacional pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
Lançamento de camiseta estampada com uma de suas pinturas
Autor de diversas obras destinadas às categorias do Prêmio UNESCO 2003

ALGUNS PRÊMIOS

2001 - Prêmio 100 Melhores Artistas Plásticos do Brasil, Editora Meta Livros.
2000 - Prêmio Internacional na II Bienal ArteBA de Gravura do Mercosul, Buenos Aires, ARGENTINA.
1998 - Prêmio no V Salão da Bahia, MAM-BA/Solar do Unhão, Salvador, BA
1998 - Prêmio Candango de Cultura na categoria Artes Visuais pela realização da exposição "A Posteriori"
1995 - Prémio Especial, Salão Victor Meirelles, Florianópolis.
1994 - Prêmio Cultura do DF, Artes Plásticas

Com informações de Catálogo das Artes e TV Cidade Verde
Marcelo Lopes
[email protected]

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