Atualizada e ampliada às 9h30
O secretário geral do Sindicato dos Policiais de Carreira do Piauí (Sinpolpi), Valdir Bezerra, denuncia que além de estar exercendo a função de custodiar os presos nas delegacias metropolitanas, os policiais precisam fiscalizar a entrada de alimentos para os detentos, já que o estado não está fornecendo.
“O estado não está cumprindo sua função básica, os policiais estão claramente tendo desvio de função e não estão recebendo a mais por isso. Como são os familiares que levam os alimentos, fica muito mais fácil à entrada de celulares e até armas, comprometendo totalmente a segurança”, declarou.
Ele citou que as delegacias de União, José de Freitas, Demerval Lobão e Miguel Alves são as que mais sofrem atualmente.
O secretário executivo, Francisco Leal, destacou a deficiência no processo de formação dos policiais. Segundo ele, além da péssima estrutura da Acadepol falta até munição para os alunos. Há ainda a dificuldade para conseguir professores para o curso, por conta dos descumprimentos dos prazos de pagamentos. “Há alunos que estão sem receber as bolsas que o governo deveria pagar, pelo menos 200 pessoas estão nessa situação”, afirmou.
Os policiais destacam que a manifestação de hoje(22) é apenas um ato de protesto e que os atendimentos e serviços estão funcionando normalmente. Não há um calendário de paralisação ou greve programado. Quanto às reivindicações, o secretário geral disse que reuniões com o secretário de Segurança e com o Delegado Geral jaá foram realizadas e que a categoria aguarda um posicionamento.
Atualizada às 8h51
Policiais civis do Piauí protestam nesta quarta-feira(22) em frente a Delegacia Geral para lembrar que o Dia do Policial Civil (21). Segundo o Sindicato dos Policiais de Carreira do Piauí (Sinpolpi) não tem motivo para as comemorações, pois a “segurança está padecendo de estrutura”.
“Será um protesto para mostrar a realidade da polícia e que a gestão deve melhorar”, declarou o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior.
Os policiais vão protestar contra a custódia de presos da Justiça, nas Delegacias Distritais, Especializadas, Central de Flagrantes de Teresina, nas cidades metropolitanas e no interior do Estado. Constantino Júnior denuncia ainda que falta estrutura física adequada e de pessoal nas delegacias da capital e interior e faltam promoções para todos os cargos da carreira Polícia Civil, a última foi feita ainda no ano de 2012.
Ele também critica a retirada, pelo atual Governo, da gratificação CET (Condição Especial de Trabalho), dos chefes de plantão, investigação e cartório, das Delegacias Distritais e Especializadas da capital e interior.
“Na manifestação vamos exigir a interiorização da Polícia Judiciária, com estrutura física adequada e quadro de pessoal, como também, implantação da Polícia Técnica e Científica e cobrar a redução da grande diferença salarial entre os subsídios do cargo de delegado de polícia e os demais cargos, em especial ao agente e escrivão de polícia”, afirmou Constantino.
A categoria possui 1.400 policiais civis. “Nós temos um reajuste salarial no mês de maio e vamos esperar que seja cumprido, caso isso não aconteça vamos chamar a categoria para uma assembleia e deliberar sobre o caso”, destacou.
Flash de Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
[email protected]
