Os servidores públicos municipais da capital estão na manhã desta quarta-feira (13), realizando uma assembleia geral em frente à prefeitura de Teresina. Muitas categorias estão paralisadas desde o dia 30 de abril, realizando uma greve geral por um tempo indeterminado. Após a discussão sobre o movimento, os trabalhadores pretendem realizar manifestação pelas ruas do centro de Teresina.

Esse movimento é parte da Campanha Salarial 2015, onde o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) reivindica reajuste salarial linear para todos os servidores municipais, com reposição das perdas salariais desde 1996 até 2015.
 
Segundo o estudo do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), divulgados pelo Sindserm, o funcionalismo público municipal de Teresina já acumula perdas salariais de 55,72%, levando em consideração o Índice de Preços ao Consumidor - Custo de Vida da Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro).
 
De acordo com Letícia Campos, presidente do Sindserm, as tentativas de negociações foram feitas inúmeras vezes. A primeira delas, ainda no inicio do ano, dia 13 de janeiro, através de um oficio solicitando reunião para debater a pauta de reividicação da categoria.
 
“A prefeitura só recebeu o sindicato uma única fez. Outra reunião ainda chegou a ser agendada, mas foi desmarcada sem novo prazo. Essa postura só demonstra o desrespeito da gestão com os servidores públicos”, afirma Letícia Campos.

O vice-presidente do Sindserm afirmou que 200 pessoas estão no local. "Estamos brigando por uma pauta econômica e reposição desde 1996. Outras categorias já tiveram avanços e reajuste parcelado, como os médicos. Queremos a recomposição e reajuste. Além do respeito ao estatuto dos servidores já que não há progressão de carreira, mudança de nível, as licenças são negligenciadas, fora o assédio", reclama. 

 
Veja nota divulgada pelo Sindserm:

POR QUE OS SERVIDORES MUNICIPAIS ESTÃO EM GREVE?
 
A greve sempre é um momento delicado e difícil, porque divide opiniões da população, mas é preciso saber mais difícil ainda é os servidores do município serem obrigados a trabalhar em condições precárias de trabalho, com péssimos salário e ainda sendo vítimas constantes de assédio moral e perseguição.
 
1 - Estamos em greve porque nossa defasagem salarial é de 55,72%, segundo o estudo do Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (ILAESE), que levou em consideração as perdas salariais desde 1996 até 2015;
2 – Estamos em greve porque a maioria dos locais de trabalho são precários e não oferecem condições dignas de atendimentos à população;
3 – Estamos em greve por o Assédio Moral está cada fez mais forte no serviço público e os trabalhadores estão adoecendo com tanta pressão e perseguição;
4 – Estamos em greve pelo pagamento do auxílio-transporte, em substituição ao cartão de bilhete eletrônico, contratado sem consulta à categoria;
5 – Estamos em greve porque a Prefeitura se nega a atualizar e efetuar o pagamento retroativo das mudanças de nível dos servidores;

 

Da Redação
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