A família do carvoeiro Lenoar Nogueira, assassinado com seis tiros no último sábado (16), faz uma verdadeira peregrinação em busca de Justiça. Os familiares alegam que o caso não está sendo investigado por falta de delegado. O homicídio ocorreu no durante um churrasco no povoado Mato, município de Curimatá, a 775 km de Teresina.

"Os policiais militares recolheram o corpo, mas ele disseram que não podiam fazer mais nada. Fomos atrás do delegado e não tinha ninguém. Nos orientaram a procurar o delegado de Corrente que disse para a gente procurar o delegado de Curimatá, que estaria para Teresina. Enquanto isso, os criminosos vão matando e ficando impunes", desabafa Deoclecino Nogueira, irmão da vítima. 

Os tiros atingiram o estômago, quadril, cabeça e axila da vítima que morreu no local. Ainda de acordo com a família, o mesmo suspeito teria tentado assassinar a vítima a facadas, há cerca de um mês. Os parentes informam ainda que procuraram a delegacia nesta segunda-feira (18), mas também não havia delegado. 

O delegado de Curimatá, Moisés Linhares, diz que a Polícia Civil não foi comunicada do homicídio e que o fim de semana passado era de responsabilidade da Delegacia Regional de Corrente. 

"Das 14h das sextas-feiras até às 18h dos domingos, eu e o delegado regional nos revezamos para atender as 14 cidades do Extremo Sul do Piauí. A Polícia Militar teria que informar o homicídio, o que não ocorreu. Já fomos informados do homicídio e dois agentes serão enviados até o local amanhã. O problema é de gestão. Não temos condições de atender à tantas cidades. Tem noite que presido mais de oito flagrantes", desabafa Linhares. 

Graciane Sousa
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