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Promotor diz que população não consegue registrar B.O. em Castelo do Piauí

Em entrevista por telefone no Jornal do Piauí desta segunda-feira (1º), o promotor Cesário Cavalcante, da comarca de Castelo do Piauí, criticou a falta de estrutura para resolução de crimes na região. Segundo ele, os suspeitos de cometerem estupro coletivo na semana passada já haviam cometido outros delitos, mas a população sequer conseguia registrar boletim de ocorrência na delegacia. 

Foto: Wilson Filho/Cidade Verde

De acordo com o promotor, existem vários crimes e atos infracionais, mas a cidade estaria carente de um delegado no município e policiais. Os menores suspeitos da barbárie da semana passada já teriam cometido furtos e roubos, mas tudo ficou "em brancas nuvens. Não foi instaurado nada". "O que se sabe aqui é que muitas vezes se chega na delegacia e a polícia não quer registrar o boletim de ocorrência", reclamou o promotor. 

Durante a entrevista, o promotor revelou a hipótese de que os quatro adolescentes suspeitos de cometerem estupro coletivo na semana passada estariam ajudando Adão José da Silva Sousa, também suspeito no mesmo caso. A mando dele, os menores teriam cometido delitos para levar alimentos em seu refúgio na mata. 

Preso na última sexta-feira, Adão negou ter cometido o estupro. Ele estava foragido por conta de um assalto realizado dias antes. No intervalo entre o primeiro crime e a barbárie que chocou Castelo do Piauí, os menores teriam cometido outros crimes para ajudar Adão. 

"Deve ser, é bem provável, porque eles estavam levando mantimentos para ele, drogas para o Adão. É o que a cidade comenta aqui", disse o promotor, afirmando não estar convencido da alegação de inocência do suspeito. 

O promotor espera a conclusão dos laudos periciais para oferecer a denúncia para a Justiça. Os adolescentes serão soltos em 45 dias se não houver sentença. 

Fábio Lima
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