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"As coisas podem rolar depois dos 60", garante Vera Fischer

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Em cartaz no teatro com a comédia Relações Aparentes, que estreou na última sexta-feira (5), a atriz Vera Fischer, 63 anos, conversou com a QUEM e comentou os desconfortos e alegrias da terceira idade, a volta aos palcos e sua rotina de beleza. Para a ex-Miss Brasil, muita coisa ainda pode acontecer após os 60 anos.

O novo trabalho da atriz conta a história de dois casais, um marido infiel e muitos desencontros. Sucesso na Broadway escrito pelo britânico Alan Ayckbourn, o espetáculo traz, além de Vera Fischer, o ator Tato Gabus, juntos eles interpretam o casal Sheila e Philip.

Na trama, o casal leva uma vida tranquila no campo até ela descobrir que o marido tem um caso com a jovem Ginny (Anna Sophia Folch). Além da dor de ser traída, a dona de casa precisa lidar com a ira de Greg (Michel Blois), namorado da moça que chega à cidade decidido a descobrir com quem Ginny anda se encontrando.

Confira a entrevista com a atriz:

QUEM:  Como define sua personagem?
VERA FISCHER: Essa peça se passa no interior da Inglaterra, em uma casa de campo chique. Minha personagem descobre que o marido tem uma amante, que essa amante está na cidade e que o namorado dela foi atrás. A partir daí, tudo vira uma confusão. O texto é muito cortante, rápido, as situações são surreais, então a gente precisa estar superafiado. Está sendo muito bom fazer.

QUEM:  Você ficou nove anos afastada dos palcos, sua última peça, Porcelana Fina, foi encenada em 2006. Por que tanto tempo longe?
VF: Pois é, e em São Paulo faz mais tempo ainda. Há 17 anos não piso nos palcos paulistanos. Para você ter uma ideia, há quatro anos estou rodando o país em busca de patrocínios. Tentei montar uma tragédia, um drama, uma peça com texto meu. Eu me inscrevi em todas as leis e todos os atores estão reclamando que está difícil conseguir patrocínio. As pessoas me param, falam comigo, e eu sinto que elas gostam de mim, fico feliz.

QUEM:  Você escreveu uma peça chamada 'Como Ser Feliz Depois dos 60', ainda não encenada. É possível ser feliz depois dos 60?
VF: É! Nunca escondi a minha idade. Escrevi esse espetáculo porque quero que as pessoas tenham esperança, que saibam que as coisas podem rolar depois dos 60, mesmo que você tenha levado uma vida infeliz, que não tenha encontrado o amor.

QUEM:  Por falar em idade, você está com 63 anos. Isso já trouxe algum desconforto?
VF: A gente fica com uma facilidade de engordar enorme e perder é dificílimo! Não é como quando você tem 20 ou 30 anos, em que você faz uma dieta e perde peso rapidamente. Fora isso, a gente tem que assumir a idade. Tenho espelho em casa para me olhar. Agora, vejo muita gente que não se cuidou e embagulhou. Tem mulher que deixa o cabelo de qualquer jeito; eu não, sou vaidosa.

QUEM:  Qual é a sua vaidade?
VF: Eu gosto de me vestir bem. Não faço limpeza de pele, mas compro cremes, vou dormir com eles. Passo no rosto, nas mãos, nos lábios.

QUEM:  Segue uma rotina de malhação?
VF: Tenho tido preguiça ultimamente. Tive muitos problemas no joelho. Malhei minha vida inteira, fiz balé clássico e jazz quando era mais nova. Fiquei com um problema sério no menisco. O certo seria operar, mas vou entrar em cartaz, então ando mancando. Depois disso, vou fazer a cirurgia.

QUEM:  É verdade que se cansou das novelas?
VF: O esquema mudou. Muita gente jovem está fazendo novela. E eu tenho quase 40 anos de TV Globo. É natural que eu queira me voltar para outras coisas. Eu pintei, escrevi muito, mas sempre estou fazendo uma coisinha ou outra na televisão. Eu tenho vontade de mudar um pouco, talvez fazer um programa de humor, uma série, algo diferente... Acho que já fiz de tudo na TV.

Fonte: Quem

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