Os servidores da Universidade Federal do Piauí, em greve desde o último dia 3, fizeram mais uma manifestação na manhã desta terça-feira (23). Desta vez, os grevistas fizeram uma caminhada da praça da igreja de Nossa Senhora de Fátima, no bairro homônimo, e seguiram marchando até a entrada da UFPI. Durante o percurso, eles fecharam os principais cruzamentos da via.
No portal da UFPI, os manifestantes atearam fogo em paus e pneus. Além de servidores técnicos, estudantes e professores também participam do ato, que reivindica questões trabalhistas e melhoria no transporte coletivo.
Os participantes do protesto apontam que o sistema de integração das linhas levará menos ônibus para o campus da Ininga. Os estudantes teriam de pegar um ônibus no Centro e de lá entrar em outro veículo para chegar até a UFPI.
A questão do transporte foi incorporada ao movimento que cobra questões trabalhistas na UFPI. André Gonçalves, presidente do SINTUFPI, afirmou que a manifestação também visa mostrar que a categoria não aceita o corte de mais de R$ 9 bilhões nos recursos da educação.
"Tanto trabalhadores como estudantes e professores estão sendo penalizados quanto a questão educacional, porque falta material para a universidade, falta melhor infraestrutura e nós estamos lutando também em defesa ao patrimônio da UFPI, em prol da coletividade, por uma melhor educação e de um melhor transporte público para os estudantes", declarou.
Além de bloquear a principal entrada da universidade, os organizadores do protesto anunciaram que irão liberar as catracas do restaurante universitário a partir de 11h, para que a comunidade acadêmica possa almoçar de graça.
Os técnicos administrativos pretendem sensibilizar a reitoria para que seja dada uma solução imediata das reivindicações da categoria. São elas:
- Regulamentação de carga horária de 30 horas semanais, sem sessão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh);
- Fim imediato do ponto eletrônico no Hospital Veterinário Universitário;
- Política de capacitação e qualificação para os Técnicos Administrativos em Educação;
- Fim do assédio moral;
- Fim dos desvios de função e
- Concurso público em caráter de urgência.
Lyza Freitas (especial para o Cidadeverde.com)
Carlos Lustosa Filho e Fábio Lima (Da Redação)
[email protected]
