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Prima de vítima de Castelo do PI desabafa: "deveriam passar o resto da vida na cadeia"

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Presos com algemas e escoltados, os adolescentes condenados pelos crimes de estupro, homicídio e tentativa de homicídio em Castelo do Piauí, foram transferidos do Centro de Internação Provisória (Ceip), na tarde de ontem (15). Os menores infratores foram levados ao Instituto Médico Legal (IML), submetidos a exames de corpo de delito, e encaminhados para o Centro Educacional Masculino (CEM), onde cumprirão medidas socioeducativas.

A transferência dos jovens foi acompanhada por familiares de uma das vítimas que lamentaram a pena branda aos condenados.

"Eu queria que eles passassem o resto da vida na cadeia. Três anos é muito pouco. Se eles fossem um pai de família, iam permanecer presos, mas como são marginais, aqui (no Piauí), eles têm proteção", disse Elisabette Soares Araújo, prima de uma das vítimas.

No CEM, os garotos estão em celas isoladas dos demais, para evitar represálias por parte dos outros internos. Além deste cuidado, um dos quatro jovens deverá ficar separado dos outros por ter delatado os companheiros e ter incluído os demais na cena do crime. 

"Essa estratégia vem sendo planejada desde quando soubemos da sentença. Nos reunimos com o corpo de educadores e o gerente de internação, enfim, tivemos o cuidado de fazer um planejamento estratégico para acomodarmos eles no CEM e assim disponibilizar todas as atividades futuras que o sistema socioeducativo preconiza em relação ao menor infrator", disse Anderlly Lopes diretor de atendimento socioeducativo da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc).

Adão de Sousa, o único adulto suspeito de comandar o estupro coletivo, no último dia 27, está preso e ainda aguarda julgamento. 


Graciane Sousa
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