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Famílias reclamam de desapropriação para obra de acesso à ponte

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  • IMG_2187.jpg Crianças brincam e observam o movimento dos caminhões da construtora da nova avenida
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  • IMG_2183.jpg Planta mostrada por morador prevê as duas pontes e as alças de acesso à nova avenida
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  • IMG_2182.jpg Carlos Lustosa Filho/Cidadeverde.com
  • IMG_2181.jpg José Ribeiro Soares mora há 43 anos na região
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  • IMG_2173.jpg Obras de avenida Marginal Poti Sul se aproximam das casas
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  • IMG_2164.jpg Maria Lúcia Gomes tem 60 anos e chegou no final da década de 1970 à região.
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  • IMG_2163.jpg Dona Domingas Ribeiro Soares diz que não quer ter que sair para bairros mais distantes
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Famílias que residem nas imediações da ponte Wall Feraz, nos bairros Cristo Rei e Ilhotas, na Zona Sul de Teresina, estão reclamando da retirada de suas moradias para a construção da avenida Marginal Sul e das alças que ligarão a via à Higino Cunha. Cerca de 70 imóveis devem sem destruídos. Muitos moradores estão na região há mais de 30 anos.

"Ano passado vieram até aqui pessoas da prefeitura e tiraram as medidas de nossas casas por dentro e por fora, mas não falaram nada sobre indenização. Na minha casa, moro com meus quatros filhos e as famílias deles e vamos ser prejudicados. Nós moramos perto do centro e temos tudo o que precisamos aqui perto. Não queremos sair daqui", reclama a lavadeira Maria Lúcia Gomes, 60 anos. 

A dona de casa Domingas Ribeiro, 59 anos, conta que chegou para morar na região ainda menina. "Estou aqui há quase 50 anos, quando a única coisa que existia por aqui era uma usina de sabão. Estou muito preocupada.É uma coisa que está mexendo com minha cabeça, pois não tenho pra onde ir e não quero morar longe", lamenta. 

Dona Domingas sugere que a prefeitura compra um terreno- nas imediações do local- para que um novo loteamento seja construído pelos moradores, com o dinheiro da indenização. 

"Quando foi construída a ponte Wall Ferraz, o Alberto Silva retirou algumas pessoas e construiu o Conjunto Murilo Resende, aqui perto.O prefeito poderia fazer o mesmo", sugere a dona de casa. 

José Ribeiro Soares conta que além de sua casa possui mais quatro imóveis que aluga na região. Ele ressalta que não sabe como irá se manter se tiver que sair e não for indenizado corretamente. 

"Eu moro aqui há 43 anos e dependo da renda dos quartos que alugo. Não somos contra sair daqui porque sabemos que é o desenvolvimento da cidade, mas queremos que a prefeitura nos pague uma indenização justa e disponibilize um terreno próximo para que possamos construir. Não vamos abrir mão da nossa moradia", disse José Ribeiro. 

A desapropriação ainda não tem data para ocorrer, porém as obras já estão em andamento. 

 

Flash Carlos Lustosa
Redação Graciane Sousa
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