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Pan: Jovem mato-grossense se consagra na canoagem slalom com o ouro

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A mato-grossense Ana Sátila Vargas, de 19 anos, conquistou, neste domingo, as primeiras medalha da canoagem feminina brasileira nos Jogos Pan-Americanos. A façanha foi alcançada na prova de C1 (canoa individual) slalom, disputado em corredeiras, na qual ela conquistou o ouro. Horas depois, a brasileira foi vice-campeã no K1 (caiaque individual).

No C1, Ana completou o percurso em 1min53s01, somadas as penalidades, impondo uma vantagem considerável de 18s42 sobre a norte-americana Colleen Hickey, segunda colocada. A canadense Haley Daniels faturou o bronze.

"Estou impressionada com a pista, é muito difícil. É um rio com curso natural bem mais forte do que aqueles nas quais estamos acostumadas a competir, até em circuito mundial", disse a brasileira, referindo-se ao curso artificial construído no rio Gull, na cidade de Miden, a 200 quilômetros de Toronto.

O slalom consiste em descidas de caiaque por corredeiras, passando por balizas. Vence quem completa o percurso em menos tempo, somadas as penalidades.

A atleta treina no canal de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR). A C1 não é a categoria preferida de Ana, que investe mais na K1 (caiaque), que é olímpica. No K1, ela ficou atrás por apenas dois centésimos de segundo da canadense Jazmyne Denhollander. O bronze ficou com a norte-americana Ashley Nee. 

O comando da Seleção Brasileira de canoagem slalom foi assumido pelo italiano Ettore Ivaldi em novembro de 2011. Ele preparou canoístas de seu país para os Jogos de Sydney (2000) e Atenas (2004). A Itália conquistou três medalhas olímpicas nessas duas edições dos Jogos. Depois, reestruturou e comandou a Espanha, que passou em branco em Pequim. Nos últimos dois anos, treinou a Irlanda.

“É um treinador muito qualificado. Melhorei muito nesses poucos meses em que estou com ele. Estávamos focados só nos Jogos do Rio, mas fomos vendo que tínhamos chance de ir a Londres e resolvi acreditar”, afirmara Ana, na época em que conseguiu a vaga olímpica.

Antes, Felipe da Silva, ligado ao projeto "Meninos do Lago", que inicia no esporte jovens de comunidades carentes de Foz do Iguaçu que moram nas imediações da Usina Hidrelétrica de Itaipu, conseguiu o bronze na C1. Em abril, Felipe chegou em terceiro no Mundial Sub-23.

Pedro Henrique Gonçalves foi prata no caiaque (K1). Ele completou o percurso em 1min27s02, em menos tempo do que o norte-americano Michael Smolen (1min37s14), mas levou uma punição por suposto toque num obstáculo, e teve seu tempo acrescido em dois segundos. A comissão técnica brasileira alega que o toque não existiu e protestou, mas o recurso foi indeferido.

Na C2, os brasileiros Charles Correa e Anderson Oliveira conquistaram a prata, atrás dos norte-americanos Devin McEwan e Casey Eichfeld. Os argentinos Lucas e Sebastian Rossi subiram ao pódio na terceira posição.


Fonte: IG

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