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Após tentativas de fuga, Sinpoljuspi reivindica contratação de agentes penitenciários

Após as tentativas de fugas registradas nas penitenciárias de Bom Jesus e Esperantina, o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) voltou a reivindicar a realização de um concurso público para a contratação de profissionais para as unidades prisionais do estado.

A reivindicação dos sindicalistas se justifica. Na Penitenciária Regional Dom Abel Alonso Nunez, em Bom Jesus, havia apenas três agentes penitenciários de plantão quando um trio de detentos tentou fugir na tarde de terça-feira (21). Na Penitenciária Regional Luiz Gonzaga Rabelo, em Esperantina, apenas quatro agentes trabalhavam quando foi descoberto um túnel de seis metros em uma das celas também na terça.

"Esses agentes são verdadeiros heróis. Em Bom Jesus, são dois ou três agentes por plantão em uma unidade com 140 presos. A situação numérica é totalmente fora das regras de segurança. Por isso reclamamos há bastante tempo a realização de um concurso público em caráter de urgência", argumenta Vilobaldo Carvalho, diretor jurídico do Sinpoljuspi.

De acordo com Vilobaldo, o ideal seria a contratação de 600 agentes penitenciários. Mas o sindicalista admite que isso dificilmente vai acontecer. "O ideal seriam 600 vagas. Mas a previsão é de 300. Pelo menos serviria para amenizar a situação".

Preocupado com o cenário, Vilobaldo cobra agilidade do Governo do Estado em relação à realização do concurso. "Um curso de formação de agente penitenciário tem seis fases. Leva no mínimo um ano para o agente ser nomeado. Não dá para entender por que o Governo do Estado não deflagra esse concurso".

"Já se pensa até em ampliação da Casa de Custódia e não tem gente para trabalhar. A unidade de Altos entrou em funcionamento sacrificando a Irmão Guido e a Casa e Custódia", finaliza Vilobaldo.

Flávio Meireles
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