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Policial será investigado por incitar a violência em Castelo, confirma coronel Castilho

O subcomandante da Polícia Militar do Piauí, coronel Lindomar Castilho, confirmou na manhã desta terça-feira (11) que o soldado Elias Júnior será investigado após denúncias de que planejou ações de violência em Castelo do Piauí. 

A Corregedoria da PM investiga o militar por incitação à violência e uso de uma rádio comunitária. A apuração foi um pedido dos defensores públicos que acompanham os três menores infratores condenados pela barbárie contra as quatro adolescentes. 

“O comandante do 15º BPM já entregou o ofício ao soldado que tem até às 15h para se apresentar. Ele deveria ter comparecido ontem, mas por força de um atestado de saúde ficou marcado hoje. Já nomeamos um encarregado que irá ficar responsável pelo procedimento e irá apurar com lisura o que foi narrado pela Defensoria Pública”, disse o coronel.

O subcomandante ressalta que testemunhas citaram no processo que o soldado teria prometido a quantia de R$ 2 mil a um dos menores infratores, para que ele levasse a sensação de insegurança na cidade. 

“O menor teria comentado que havia recebido dinheiro R$ 2 mil para que levasse terror e intranquilidade e a partir daí houve o crime bárbaro. Será apurado se essa acusação se confirma e se existe outro fato”, reitera. 

Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta terça-feira (11), o subcomandante disse ainda que o militar foi afastado para garantir lisura na apuração das denúncias. Testemunhas que citaram a participação de Elias Júnior serão novamente ouvidas. 

“Todas as pessoas que falaram no processo que ouviram do menor a afirmação serão chamados a depor. Esse encarregado também irá até a Castelo do Piauí ouvir testemunhas para que ao final a Justiça decida o que será feito. Ele tá sendo afastado para que o encarregado ouça as pessoas lá na cidade e para que ninguém se sinta aterrorizado. Existe também a denúncia de que esse policial estaria usando uma rádio comunitária, alguns dizem até que é clandestina, para se envolver em questões locais, políticas, partidárias e também em algumas outras que constam no processo. O uso dessa rádio por esse policial pode ser também o pivô de alguns acontecimentos por parte desse policial, mas é preciso cautela e cuidado, parat apurar isso com muia isenção. Queremos a verdade”, complementa Lindomar Castilho. 

O inquérito policial militar deverá ser finalizado em 40 dias, prazo que poderá ser prorrogado por mais 20 dias. 

O soldado era lotado no 15º BPM e tem, pelo menos, 20 anos na carreira na Polícia Militar. 

 

Graciane Sousa
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