A vereadora do PSDB-Mulher de Goiânia, Cristina Lopes Afonso, está em Teresina para participar de evento em defesa dos direitos da mulher, que acontece nesta segunda-feira (31). A inspiração para lutar em prol do público feminino veio da própria experiência pessoal. No passado, ela foi vítima de violência e sobreviveu após ter 85% do corpo queimado pelo ex-companheiro. 

"Meu crime ocorreu anterior a Lei Maria da Penha e demorei três anos para conseguir a condenação. Ele era médico e pertencente a uma classe social privilegiada e tentou me matar usando álcool e fogo. Não morri porque fui transferida para Goiânia, pois em Curitiba e em muitas partes do país, não temos um centro para tratar de forma adequada, vítimas de queimaduras. Então passei a defender também esta causa", disse a vereadora em entrevista ao Notícia a Manhã, desta segunda-feira (31). 

A vereadora destaca ainda que, após a trágica violência sofrida, passou a lutar em defesa da construção de centros específicos para tratar de queimados e que encontrou na política uma ferramenta importante para mudar o curso da história, de opressão as minorias. 

"Queremos levar a paz para dentro lar, mudando a violência histórica contra crianças, idosos, deficientes e mulheres. Na política, não pretendemos ser maior nem melhor que os homens, mas sim ter representatividade. Precisamos ter equilíbrio. Hoje sou tesoureira da executiva nacional do PSDB- Mulher e temos como meta filiar 50% de mulheres e de ter nas eleições de 2016, um número representativo de mulheres, com potencial de votos. Nosso slogan é: Queremos candidatas vestidas de laranja, não candidatas laranja", disse bem-humorada. 

Em Teresina, Cristina Lopes participa da inauguração da primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no bairro Renascença, zona Sudeste, às 11h. À tarde, às 14h, a vereadora participa de solenidade na Câmara Municipal de Vereadores. 

 

 

Graciane Sousa
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