O secretário de governo, Merlong Solano, não quer que o PT repita os erros cometidos nas eleições 2012, que resultaram em um amargo 3º lugar no pleito eleitoral. O candidato na época, o atual governador Wellington Dias, obteve apenas 14,18% dos votos válidos. O desempenho ruim foi atribuído a uma divergência na sigla. O diretório municipal do partido chegou a declarar apoio ao então candidato à reeleição, Elmano Férrer, mas teve que voltar atrás após intervenção da executiva nacional. O desfecho foi uma chapa pura nas eleições.
A preocupação de Merlong é por causa das declarações dos vereadores petistas Edilberto Borges, o Dudu, e Gilberto Paixão – que manifestaram apoio esta semana a uma possível pré-candidatura do deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) a prefeito da capital.
“São lideranças legítimas para participar do debate. Acho que tem o dever legítimo de participar de maneira ativa. Eu gostaria de sugerir que o partido não acelere demais a discussão, já que estamos à frente dos governos federal e estadual e enfrentando dificuldades”, disse Merlong, ressaltando que a crise financeira tem reflexo no meio político.
“Acredito na melhora econômica e política, inclusive dando possibilidade de ter um candidato. Não acho necessário, mas não se pode excluir a possibilidade. No último pleito, o PT se envolveu em uma série de confusões. A experiência de 2012 deve ser evitada”, declarou, voltando a chamar atenção para o momento inoportuno para se discutir o assunto.
“Os problemas afetam a economia e consequentemente a política. Não acho que seja o momento de discutir esse assunto. A economia vai melhorar a partir do fim de ano e, para o próximo ano, podemos começar a discutir”, finalizou.
Surpresa
Em nota publicada na coluna Tempo Real, do jornalista Elivaldo Barbosa, o presidente do diretório municipal do PT, José Esmerindo, viu com surpresa o apoio dos dois vereadores a Evaldo Gomes. Ele ressaltou que o partido não tratou ainda de candidatura majoritária em Teresina.
Hérlon Moraes e Maria Romero
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