Aconteceu nessa quarta-feira (9) uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Piauí em alusão ao Dia Estadual da Consciência Negra e Dia Internacional de Combate ao Racismo.

 O evento fez parte das atividades da Semana Estadual da Consciência Negra, realizada até esta sexta-feira (11) e homenageia a escrava Esperança Garcia, uma das primeiras a denunciar, em 1770, por meio de uma carta ao governador do Piauí, maus tratos sofridos por ela, seus familiares e companheiras.

Na Assembleia Legislativa, uma audiência pública foi realizada e abordou desde as conquistas dos movimentos negros até a articulação de novas diretrizes a serem traçadas visando a igualdade racial. Para o coordenador do Conselho da Igualdade Racial, a ocasião representa um espaço para o movimento negro reafirmar sua história.

"Devemos construir pautas que reafirmem nossa cultura e proponham ações de reivindicação social, reforçando a necessidade de cotas para negros e mulheres na educação e política e a luta para viabilizarmos no Piauí a Universidade de Integração Internacional Lusofonia Afro-Brasileira", afirma Francisco Antônio de Sousa.

O secretário da Justiça, Daniel Oliveira, assinala que o Governo do Estado tem promovido ações fundamentais para garantir os direitos do povo negro e a igualdade racial. "Destaco, por exemplo, a ativação do Conselho da Igualdade Racial, a retomada das obras do Memorial Zumbi dos Palmares, a ocupação dos espaços públicos e políticos por pessoas que buscam a igualdade racial", pontua.

Para Celina Costa, da Coordenação Nacional dos Centros de Resistência da Cultura Afro, "o Piauí tem avançado muito nessa discussão. Me surpreendeu quando cheguei aqui e vi negros ocupando espaços políticos de primeiros escalões, que a Delegacia de Mulheres é comandada por uma mulher negra e que, portanto, os negros do Piauí têm conquistado cada dia mais seu espaço”.

Da redação
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