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Estado implanta sentinelas para investigar casos de Zika vírus

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A Secretaria de Estado da Saúde vai implantar unidades sentinelas para notificação de casos de infecção por Zika Vírus e pesquisar a associação desse vírus no desencadeamento de casos da Síndrome de Guillan-Barré(SGB). Esse é o plano de contingência para 2016 e foi apresentado por técnicos  da Vigilância Epidemiológica do Estado e do município, do Laboratório Central (Lacen), Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTP) e da Fundação Municipal de Saúde(FMS), durante capacitação a médicos e enfermeiros de 11 Hospitais Regionais e quatro unidades de referência em Teresina.
 
De acordo com a enfermeira técnica da Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, Amélia Oliveira, o Ministério da Saúde quer saber se existe Zika Vírus no Estado como um todo. “Implantadas as Unidades Sentinelas, todos os casos da região irão migrar para o hospital de referência, onde o paciente será avaliado, o material para exame colhido e enviado para o Lacen com o objetivo maior de identificar o Zika vírus e avaliar a associação desse vírus com a Síndrome de Guillain-Barré”, disse.
 
 “É o momento de ficar atento à manifestação dessa doença, porque ela é temporariamente incapacitante e pode até levar a morte. Nesses últimos meses, o número de casos da Síndrome aumentou não só no Piauí, como em outros estados. Um dos objetivos das unidades sentinelas é dar o start, tentar estabelecer o nexo causal entre a SGB e a infecção pelo Zika vírus, se é uma relação temporal ou mesmo uma coincidência”, explica Marcelo Vieira, neurologista do IDTP.
 
Segundo o diretor da Unidade de Vigilância e Atenção à Saúde do Estado, Herlon Guimarães, a partir da notificação e do estudo das formas de manifestação do Zika vírus, desde a mais branda às mais complicadas, é que vai se estabelecer a ligação entre essas duas condições: a infecção e a doença neurológica que acontece semanas depois.
 
Segundo a nota de alerta epidemiológico, de janeiro a julho de 2014 foram registrados 20 casos da SGB no Estado do Piauí. No mesmo período de 2015, foram hospitalizados 38 pacientes por conta da doença, ou seja, 90% a mais do que no ano anterior.
 
A Síndrome de Guillan-Barré é a causa mais comum de paralisia flácida aguda, com fraqueza flácida ascendente e dor lombar/radicular. Além da perda de força nos braços e nas pernas, pode haver comprometimento da musculatura da face, da deglutição e da respiração.

Da Redação
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