A Polícia Civil deverá concluir o inquérito policial sobre o suposto grupo criminoso que financiava de forma fraudulenta a compra de carros de luxo ainda neste mês. Em entrevista ao Notícia da Manhã, desta terça-feira (22), o delegado Matheus Zanatta disse que os compradores destes veículos podem ser indiciados pelo crime de receptação. Até o momento, 12 automóveis foram apreendidos e as investigações apontam que das pessoas que estavam de posse destes bens, apenas três agiram de boa fé, ou seja, adquiriram os veículos pelo preço de mercado.
Entre os compradores investigados está o cantor de forró Leonardo Lima, conhecido como Léo Cachorrão.
"Estamos em fase de conclusão, mas o trabalho de campo continua. Outros veículos ainda serão apreendidos e inclusive já temos ordem judicial para isso. No máximo em duas semanas, devemos relatar e indiciar as pessoas que foram investigadas e presas. Este cantor que está sendo investigado apresentou extrato bancário, mostrando que ele deu a primeira entrada de R$ 40 mil e estamos esperando outros documentos que comprovem a boa fé. Caso contrário, ele será indiciado por receptação. Dessas 12 pessoas que estavam com estes veículos, apenas três comprovaram a boa fé e não serão indiciadas. O restante estamos esperando apresentar documentos", explica Zanatta.
Roberto Alber Lima de Carvalho, o homem suspeito de comandar a quadrilha, ainda está foragido. Dos três presos, Janyna Antônia, Kallyandro Araújo da Silva e Augusto César Melo Machado, apenas uma mulher permanece presa. O prejuízo gerado com a fraude ultrapassa R$ 2 milhões.
"Estamos em fase de localização do Roberto, que encabeçou toda a fraude. Ele será indiciado pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e associação criminosa.
Graciane Sousa
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